sexta-feira, 22 de agosto de 2014

OS NÚMEROS QUE FAZEM A DIFERENÇA

A Previdência Complementar tem números incríveis que apontam para um comportamento incomum: a poupança previdenciária. Existem duas fases distintas nesse importante processo de proteção social. 

A primeira é a acumulação. Em geral, são necessários entre 25 a 30 anos para se formar um patrimônio compatível com uma renda de qualidade. Durante muito tempo, quando a Previdência Complementar era compulsória no Brasil, a acumulação era mal interpretada. Falava-se em "esforço de poupança". Quando os planos passaram a ser facultativos, a proposta de valor passou a ser entendida como uma disciplina para garantir a sustentabilidade do consumo no pós carreira.

A segundo é a fruição. Houve um tempo em que o recebimento da renda de aposentadoria durava entre 15 a 20 anos. Hoje, vidas mais longevas fazem com que esse período de recebimento de renda complementar à aposentadoria do INSS ultrapasse os 40 anos. Nem todo mundo entende essa lógica, mas isso é também uma questão de tempo.

Descobri há poucos dias um recurso estatístico dinâmico muito interessante: trata-se do Painel Informativo da PREVI (clique aqui), um instrumento baseado no banco de dados demográfico da Entidade, que revela - por exemplo - a quantidade de assistidos acima de 100 anos de idade que recebem complementação de aposentadoria.

O Painel Informativo me fez lembrar do Programa de Educação ABRAPP, nas aulas de Atuária, do professor Ivan Sant'Ana Ernandes, que sempre destacava a importância da qualidade do banco de dados para a precisão das projeções dos cálculos atuariais.

Números em todo o Brasil

A PREVI detém a gestão do maior patrimônio previdenciário na América Latina. O fundo de pensão com o maior número de participantes é a Postalis. Todas as Entidades Fechadas de Previdência Complementar concentram um contingente de mais de 6 milhões de trabalhadores. Mas esses dados de emancipação social sempre ficam nos bastidores. Os fundos de pensão historicamente privilegiaram um posicionamento como investidores institucionais junto à sociedade. Foi mostrada a face financeira da poupança previdenciária e do trabalho que os operadores de Previdência Complementar realizam.

Penso que esse Painel Informativo simboliza o outro lado da moeda: a face humana dos trabalhadores e assistidos pela Previdência Complementar. Penso também que esse tipo de dado estatístico consolidado deveria ser expandido - por meio de instituições representativas, como a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) ou a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP).

Acho que os números podem inspirar os 57 milhões de brasileiros que hoje estão endividados a adotarem uma conduta que favoreça sua emancipação. Gustavo Cerbasi, no livro Adeus, aposentadoria - como garantir seu futuro sem depender dos outros é categórico sobre essa questão: 
"Não é exagero dizer que a base da depressão que muitos sentem ao se aposentar é o arrependimento por não terem feito o necessário mais cedo. O fim da aposentadoria não se refere à extinção da instituição aposentadoria, mas ao alerta de que ela deve deixar de ser o protagonista da história profissional. Não trabalhamos para alcançar a aposentadoria. Trabalhar é apenas uma etapa em seu processo de construção de riqueza e liberdade, e aposentadoria é somente um ritual de passagem oficial da primeira para segunda etapa desse processo". 
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