sexta-feira, 11 de setembro de 2015

TEMPO DE DESPERTAR: É CHATO, MAS NÃO É DIFÍCIL

Envelhecer sem enriquecer. Esse é o risco de quem negligencia a atitude previdenciária. Tenho trabalhado em uma série ininterrupta de eventos. E, para sintetizar um pouco do que eu ouvi e vi, faço esse post de hoje.

60+ não é só um símbolo da nova cara da terceira idade. 60+ representa o projeto de vida que o indivíduo tem para viver após os 60 anos. Essa é a expectativa que é nova no século 21. É para esse tempo que precisamos de respostas sobre financiamento da proteção à saúde, do benefício vitalício de aposentadoria.

Educação, então, ganha uma nova dimensão. Passa a ser Educação Financeira, Previdenciária e Assistencial, porque o planejamento ganha mais complexidade, considerando que a utilização dos recursos financeiros e da assistência à saúde - após os 60 anos - deverá ser mais consciente, realista, preventiva. 

Planejamento e Educação são os novos mapas mentais do século 21. Até o século 20, o homem não precisava se preocupar com o longo prazo, porque vivia até os 50 anos, em média. Mas, a partir de 1950 esse número foi aumentando. Hoje, a expectativa de vida ao nascer no Brasil supera os 75 anos. Nas projeções mais conservadoras, quem ultrapassa os 60 anos tem muita chance de alcançar 85 anos. A pergunta é: quem financia os 25, 30, 40 anos após a aposentadoria? Foram feitas reservas para sustentar esse período?


A vida longa do século 21 inviabilizou estruturas previdenciárias mutualistas e coletivas vencedoras do século 20. O bônus demográfico, até 2030, terá se esgotado com o aumento da idade da população no Brasil. Haverá menos trabalhadores e mais aposentados.

O mito do governo grátis - descrito por Paulo Rabello de Castro (clique aqui) - colapsou. O homem precisa ser mais consciente, responsável e sustentável no século 21. O homem precisa ser previdente, em todas as fases de sua vida. É chato, mas não é difícil, como ensina André Massaro.

Os direitos conquistados são acompanhados de uma contrapartida: os deveres. Viver mais exige trabalhar por mais tempo, poupar por mais tempo para manter a estrutura de remuneração e proteção no período de vida em que não for mais possível trabalhar.

Tempo de despertar

Para quem trabalha com Comunicação e Educação Previdenciária, acho que o cenário nunca foi tão favorável. O fim do sonho do paternalismo é sim uma oportunidade para a
emancipação baseada em evidências, em fatos. Ninguém mais é inocente e não existe almoço (nem governo) grátis. A sociedade vai se reorganizar, com orçamentos mais enxutos, nova percepção de consumo, ostentação, endividamento... A euforia da inconsequência é muito cara. E agora o tempo é maior para se reconhecer isso e conviver com os resultados!

Uma outra conquista para a Comunicação e Educação Previdenciária: começam a surgir evidências que os jovens preferem um aprendizado baseado em celebração de conquista do que um aprendizado pelo medo. Aleluia! Faz todo o sentido. Quando há emancipação, o sujeito se torna senhor do seu aprendizado. Perde a tolerância a estratégias de manipulação. Pede respeito!

O estudo de caso da Odeprev, apresentado por Cristiano Verardo, durante o 3º Encontro de Educação dos Fundos de Pensão, mostrou isso. O evento também revelou que a Pedagogia, a Psicologia também devem ser interfaces da missão de bem comunicar e educar.

Enquanto trabalhamos com mudança de atitude e consciência, os demais profissionais e operadores da Previdência Complementar buscam soluções técnicas para o fomento do Sistema via incentivo tributário, adesão automática, novas modelagens de planos e seguros de diferentes categorias. O século 21 vai revelar como viver essa longevidade com qualidade e sustentabilidade e felicidade. 


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