Já que a Educação Financeira deverá integrar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), acho que vale correlacionar alguns temas associados para que - isolada - essa Educação Financeira não seja mais um suplício, feito a Matemática Elementar que, mesmo repudiada e neglienciada, influencia desde as prosaicas decisões de consumo até mesmo a conquista de um emprego.
Por que as PESSOAS, a sociedade deveriam estar mais atentas a essa aprendizagem? A resposta é simples! O domínio desta competência é diferencial competitivo em escala!
Há pouco tempo, publiquei um post [clique aqui] sobre o Guia de Educação Financeira no Ambiente de Trabalho, do educador André Massaro (Instituto BM&F Bovespa). Entre outros argumentos, o autor revela as razões para as empresas serem proativas na implementação de Programas de Educação Financeira e ainda mostra o cálculo do ROI [Retorno sobre Investimento] a favor da decisão de implementação.
Há muito tempo eu insisto nos estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) que associam Educação Financeira e aumento de produtividade. O trabalhador com saúde financeira é mais focado e se expõe menos a riscos.
O assunto é tão decisivo que está mobilizando diferentes áreas do conhecimento: Neurociência, Economia, Finanças Comportamentais. E as descobertas são as mais reveladoras: até mesmo hábitos linguísticos influenciam a forma como as PESSOAS, a sociedade e os países se diferenciam em relação à forma como se relacionam com o dinheiro.
O economista Keith Chen explica que falantes de idiomas em que os verbos sem forma específica para expressar o tempo futuro são menos resistentes e mais propensos à atitude previdenciária.
Só para constar: longevidade e atitude previdenciária são desafios globais. Só para registrar, o Brasil sequer figura entre os países que ele analisa. Só para lembrar: no Brasil temos três formas diferentes para conjugar os verbos no futuro: Futuro do Presente, Futuro do Pretérito, Futuro do Subjuntivo.
Com isso quero dizer que devemos então falar outro idioma? Não! Quero dizer que - muito provavelmente - nosso esforço para expressar os conceitos e materializá-los em prática devem ser multiplicados ao infinitos por incontáveis razões, a começar pela aversão à Matemática Elementar.
Estamos em desvantagem em muitos rankings - não só da Educação. Mas precisamos reconhecer os links entre Educação lato sensu, Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social. Enquanto permanecermos alheios a essa realidade, manteremos o posicionamento desfavorecido em todos os rankings. Seremos permanentemente desclassificados no nível global, por representarmos risco para os investidores, e no nível individual, como incompetentes para assumir postos qualificados de trabalho.
É essa realidade cruel que, ao mesmo tempo, nos chama para sermos conscientes e crescer.
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