Isabela e Adriana Carvalho Vieira |
No último sábado, eu estava navegando na rede social e parei para assistir a um vídeo postado pela advogada e amiga Adriana Carvalho Vieira. Ela costuma registrar e compartilhar momentos familiares que - juntos - compõem uma crônica afetiva do cotidiano. Eu curto ver!!!!!
E foi assim, com esse espírito desarmado, que 30 segundos de Isabela (a caçula da Adriana) e o Pirata (o dono da casa da Adriana) me transportaram sem escalas para a esfera das teorias todas da Comunicação, Sociologia da Linguagem, Filosofia da Linguagem, Antropologia... Eu pensei em tudo misturado e ao mesmo tempo.
Um salto no século
Um salto no século
Para quem não viveu aquela época, o século 20 foi um tempo em que as PESSOAS diziam: "Dá a patinha!" . O animal, quase sempre respondia à súplica com indolência ou indiferença. Entretanto, a Isabela e o Pirata mostram que no século 21 as coisas são bem diferentes. Ela comanda: "Toca aí mano!". E ele não só entende como ainda corresponde intransitivamente.
Penso que, como eu, meus mestres dificilmente teriam respostas para as questões sobre as mudanças na Comunicação e no mundo de hoje. A crescente importância que os dados assumem nas mensagens. O descompromisso com a verdade. O comprometimento da ética. O lucro a qualquer custo. Tudo isso entra em doses diferentes nas informações que consumimos diariamente. Capitalismo na veia faz trocar espontaneidade e poesia por lógica e dinheiro.
E a vida acontece à parte de tudo isso. Talvez nem sempre tenhamos olhos ou tempo para ver. Talvez estejamos indolentes e indiferentes à vida, preocupados e ocupados com os apelos capitalistas e o olho do furacão do mercado de trabalho. Não tenho respostas ainda. Só inquietação e aquela pergunta insistente: e agora?
Além dos algorítimos e apocalipse
O vídeo da Isabela e do Pirata me fez querer estar em um futuro diferente daquele que os especialistas têm preconizado: robôs, algorítimos, desemprego, desamparo e apocalipse. Eu quero construir novas narrativas de futuro, porque há muito tempo esse tem sido o meu trabalho, como operária da Previdência Complementar em um país tão desigual, como o Brasil.
E eu espero que, no futuro, o trabalho que estamos construindo seja solução significativa em maior escala também para as PESSOAS do século 21. Eu espero, de coração, que tenhamos muitas respostas e novas histórias de vida não apenas mais longevas, mas humanas, plenas, sensíveis e felizes - versão evoluída de nós mesmos.
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