sexta-feira, 6 de abril de 2012

Confiança: principal ativo da Previdência Complementar

Usei, de propósito, como título deste post o valor intangível mais exaltado no universo da Previdência Complementar: CONFIANÇA! Fico inquieta diante desta bandeira em razão de inevitáveis questões, variações sobre o mesmo tema: 

  • como estabelecer confiança entre pessoas que não se conhecem?
  • como manter a confiança entre pessoas e Entidades de Previdência Complementar?
  • como aumentar o índice de confiança entre pessoas que compartilham objetivos semelhantes?
Pela perspectiva clássica e funcionalista da comunicação, a persuasão já não é mais resposta para os relacionamentos de longo prazo. A transparência parece se adaptar melhor aos novos tempos. A ela, é preciso somar uma comunicação dirigida, porque pessoas atendem diferentemente a mensagens que, por sua vez, precisam contar com recursos e apelos que possam despertar corações e mentes para seus conteúdos.


Marketing estratégico é bom e faz crescer - matéria publicada na Revista Fundos de Pensão 379 - março / abril 2012 - traz a entrevista com o prof. José Lupoli Jr., do Departamento de Marketing da Universidade de São Paulo. Para ele, a ferramentas do marketing "se bem aplicadas, podem  fazer a diferença na intensidade com que os fundos de pensão ocuparão espaço no imenso mercado emergente brasileiro".
Entre as ferramentas, o prof. José Lupoli Jr. destaca as pesquisas qualitativas e quantitativas como base para o desenvolvimento de estratégias de aproximação e conhecimento das expectativas do público potencial para as Entidades de Previdência Complementar. 

Afinal, as pessoas que possuem plano de previdência complementar aberta ou fechada somam somente 8% da população brasileira. Esse dado mostra o "potencial formidável de crescimento dese setor". E também o desafio, considerando de antemão que o segmento prioritário dessa massa é constituído por jovens da geração Y que hoje ingressam no mercado de trabalho, com pouca informação ou referência sobre Educação Financeira e Previdenciária. Em muitos casos, a simples ideia de adiamento do prazer - representado pelo consumo imediato - a favor de um planejamento de vida que inclua proteção futura provoca resistência e não oferece apelo suficiente para o desenvolvimento da confiança, tão importante para os relacionamentos estabelecidos por meio da Previdência Complementar.

José Lupoli Jr. é categórico: "O mais difícil será descobrir como se deverá trabalhar a comunicação de marketing de modo a criar uma imagem positiva de solidez, confiabilidade, consciência e credibilidade na cabeça de uma pessoa". Por isso, transparência e abundância de informação qualificada são caminhos indispensáveis para quem quiser se manter como player deste segmento. "Quando os recursos são poucos, têm de ser aplicados de forma muito inteligente na projeção da imagem da entidade e dos seus produtos. A única forma de diminuir suas desvantagens competitivas é aumentando a confiança das pessoas na marca. Quanto mais informação ela tiver sobre a marca mais confiança terá".

Nenhum comentário:

Postar um comentário