quarta-feira, 18 de abril de 2012

PREGAR NO DESERTO: PARECE SOLITÁRIO, PARECE...


Quem leu a biografia Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, deve ter percebido o quanto o autor insistiu na técnica de "venda" que Jobs usava para compartilhar suas ideias.  Isaacson foi pessoalmente escolhido por Jobs para contar sua história. Isso confere para os fatos descritos uma credibilidade bastante eloquente.


E foi Isaacson que caracterizou, com base em um conceito de marketing, o jeito Jobs de atuar: evangelizador. Ele era intenso sobre a realidade que predizia. Ele precisava ser, porque muitas das suas anunciações - feitas sobre vales de silício -  não pareciam e ainda não eram comuns nem reais à maioria dos mortais.


Isaacson conta que Jobs não poupava recursos para tornar seus argumentos atraentes, criativos, encantadores ao mundo.  Era um comunicador natural! Não foi por acaso que Jobs adquiriu a Pixar. Ele sabia o que fazia e não sabia o que eram limites entre realidade e fantasia. Ele não reconhecia limites para o seu realizar.


Blog sobre Previdência Complementar


Ouvi a expressão "Pregar no deserto" recentemente, em um curso que assisti em São Paulo. Ela me lembra a minha experiência diante deste blog. Escrever é uma das coisas que mais gosto de fazer na vida... uma das... gosto mais de conversar. E conversar não é dar aula, porque conversar é mais interativo, a gente aprende com o outro o tempo todo.


Por isso, fazer blog - não fossem as estatísticas - me deixa um pouco essa sensação de pregar no deserto. Mas eu aprendi a ler os sinais. As estatísticas me reorientam. Cada numerozinho que altera o gráfico de monitoramento é uma festa do lado de cá. Porque eu sei que, do lado de lá, alguém canibalizou minhas palavras, minhas ideias, as coisas que eu gosto. E isso me motiva escrever de novo, inventar outros jeitos de contar esta história todos os dias.


Canibalização, segundo Rubem Alves, nosso esplêndido pedagogo e filósofo. Antropofagia, segundo Oswald Andrade, nosso poeta, dramaturgo e realizador da Semana de Arte Moderna de 1922. Ninguém prega no deserto. As palavras têm grande poder de transformação, sempre encontram seu destino e nunca voltam vazias, ensinou Isaías, um dos profetas que antecedeu Jesus Cristo, o maior comunicador que este planeta testemunhou a existência.

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