Em Previdência Complementar, tudo acontece em escala... para o bem e para o mal. Se você trabalha na área sabe, por exemplo, o que significa uma "inconsistência no banco de dados" ou, o que é pior, na contabilidade. Porque "sanar o erro" significa procurar agulha no palheiro. E, depois de identificar, reparar todos os estragos: do próprio sistema tecnológico até a imagem institucional. Isso é escala.
Mas tem a escala positiva, e é sobre ela que eu quero escrever hoje. Na verdade, esse não é tema novo aqui, mas a aprovação da FUNPRESP ontem inspira revisitar a ideia. Porque a FUNPRESP significa mais dinheiro gerando poupança interna.
E qual a relação entre você e o aumento de poupança interna?
E qual a relação entre você e o aumento da produção de riqueza?

antes: um pedacinho de terra destruído pelas invasões estrangeiras e, principalmente, pela bomba atômica em 1945
depois: um pedacinho de terra assume o posto de país desenvolvido, rico, primeiro no ranking em volume de recursos financeiros investidos em fundo de pensão. Sabe de quanto estamos falando? US$ $1,432,122 mi! (fonte: http://www.pionline.com/article/20110905/chart01/110829945&crit=ranking)
É muito dinheiro mesmo! E não é novidade mais a longevidade entre os japoneses, não é mesmo? Então dá para fazer as contas de como esse dinheiro se relaciona com o pagamento de aposentadorias e pensão? Dá para fazer as contas de quanto esse dinheiro, antes de ser pago como aposentadoria e pensão é investido em infraestrutura e desenvolvimento social? Você se lembra do tsunami em 2011?
FUNPRESP: você sabe que, no Brasil, as coisas são diferentes
Sabe, cara pálida, você tem razão! A história que temos como nação, em relação ao Japão, é bem mais recente. Além disso, ganhamos disparados em escala geográfica: temos muita terra! Não foi sem motivo que, antes das Guerras Mundiais, os japoneses migraram para cá. Nós tínhamos em abundância o que, para eles, era escasso! Regras da economia. Nossa história também é, desde os índios, marcada pelo desrespeito, espólio, apropriação ilícita, pagamento extorsivo de juros... Pagamos alto demais por um tamanho e uma riqueza pouco reconhecida por nós mesmos.

Para mim, o preço mais alto que pagamos é cultural. Aprendemos a admirar o estrangeiro e a não nos observarmos como pessoas, a não nos vermos como cidadãos que somos. Aprendemos e consagramos, no passado, um imaginário povoado por Iracema e o Guarani, Jeca Tatu, o malandro, a Lei de Gerson, Carnaval e futebol. Mas, se fomos, nós não somos só isso há muito tempo! Os estrangeiros sabem disso melhor do que nós... Então, lá fora, embargam, dificultam, inibem... E, quando a crise os atinge, eles historicamente se refugiam aqui. Japoneses, italianos, alemães, franceses, espanhóis, norte-americanos. Ligue a TV e veja como o Brasil está refugiando legiões estrangeiras, que reconhecem nosso potencial e são acolhidas pela nossa generosa hospitalidade! Ah, mas eles ocupam postos de trabalho... toda ingenuidade tem um preço!
Então, presta atenção! Agora é hora de entender uma escala importante. A FUNPRESP vai significar 400 mil pessoas integradas à Previdência Complementar e a disseminação da cultura previdenciária e financeira em escala, além de desenvolvimento econômico e social.
Hoje o volume de recursos de toda Previdência Complementar significa 17% do PIB. Em alguns anos - assim que o tempo passar a atuar como variante positiva na conta dos juros compostos e invertemos a escala do déficit da Previdência dos Servidores da União - esse número pode chegar a 40% do PIB.
Então, a escala em Previdência Complementar precisa ser vista em perspectiva: tempo, dinheiro, proteção para o trabalhador e a família, a confiança no gesto de poupar transformando o futuro. Cada um de nós é um agente de transformação social, basta entender o significado de si mesmo em relação à própria história e à sociedade.
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