SELIC a 9% de juros ao ano. E você quer pagar quanto?


Ficou em dúvida sobre os cálculos do meu post Quem quer dinheiro? Não tem problema nenhum! Uma lição linda que eu aprendi com o Mário Sérgio Cortella, durante o 12º Mix ABERJE é que admitir não saber interrompe a ignorância! Simples posicionamento! Quando você diz: "eu não sei!", sempre aparece ajuda para esclarecer o problema.


Então, vou dar o exemplo! Minha Matemática é mais do que elementar! Como eu faço as contas? Para o meu uso pessoal, vou ao Youtube, pego algum tutorial sobre o cálculo que preciso e, bingo, quase sempre consigo resolver meus problemas! Tem muita gente generosa no Google e no Youtube. Só precisa ter algum critério para selecionar a informação.


Quando a linha de raciocínio é mais complexa, peço ajuda aos universitários - alunos e professores. Eu tenho grandes amigos que trabalham nas áreas financeira e atuarial. Confesso que nem sempre entendo os cálculos, mas a ajuda deles é valiosíssima. Daí eles corrigem ou validam o jeito muito básico d'eu interpretar as coisas que preciso.


E fique atento! Algumas empresas já têm consultor financeiro ou previdenciário que dão uma assessoria para que você possa ter um orçamento pessoal bem-administrado. Preste atenção se você não tem um profissional desses ao seu alcance. Ah! E não se assuste se ele for muito jovem. Se você se interessar, pode descobri que, mesmo aos 23 anos de idade, ele já fez graduação e está concluindo MBA em Previdência Complementar.


Fora tudo isso, tem a minha antiga lei para calcular preço: 1 + 1 = 2, se for mais eu não pago, se for menos eu fico feliz porque fiz um bom negócio! Simples e eficiente. Porque vocês sabem que Matemática é bem relativa. Tem uma fachada de exatidão mas, se você olhar bem, é cheia de nuances que variam conforme a referência.


Compare as manchetes: número de acidentes no trânsito em feriado prolongado! Nunca é um número só! Depende de quem mede, do horário e o método de medição! Ora, mas não é chegar lá na estrada e contar? Bom, eu também achava isso... daí que, como a minha lógica era muito primária, eu fiz uma dissertação de mestrado inteira dedicada à interpretação de indicadores quantitativos.


Quer pagar quanto?

E o que tudo isso tem a ver com aquele meu post desta semana? É o seguinte: se as instituições financeiras estão remunerando o dinheiro que você guarda no banco ou no seu plano de previdência complementar a uma taxa aproximada 9% de juros ao ano, quanto VOCÊ vai pagar de juros pelo crédito que VOCÊ precisa? 9% ao ano é menos de 1% ao mês, cara pálida! Olha a projeção:


1% de juro ao mês = 12,68% ao ano
2% de juros ao mês = 26,82% ao ano
3% de juros ao mês = 43,58% ao ano
4% de juros ao mês  = 60,10 % ao ano
5% de juros ao mês = 79,59% ao ano


Está bom se eu parar aí? Ah! Então lembre-se: no caso de pessoa física, nós mortais, é quase um sonho pensar na taxa SELIC. Para ser realista, a taxa de juros para nós é a da Caderneta de Poupança: 6,17% ao ano! Muuuuuuuuuuuito menos de 1% ao mês!


Entendeu o puxão de orelha da presidente Dilma Houssef nas instituições bancárias que cobram alto de mais e remuneram pouco demais o nosso dinheirinho? E ainda ela ensinou o exemplo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que adotaram política de redução de taxas de juros. Não se trata apenas de propaganda oficial. Eles devem, no mínimo, servir de benchmark, isto é, parâmetro de comparação, para os negócios que você pretende fazer, ok?  


consultoria financeira neste post: Lucas Silveira (Previ Novartis)




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