No meio de uma reunião sobre arquitetura da informação, observei que a Educação Previdenciária fez sentido para uma nova integrante da parceria de trabalho na qual eu estou envolvida. O conteúdo despertou a consciência para uma potencial mudança de atitude! E isso vale uma interpretação, uma reflexão mais atenta.
O que mudou de 2008 para cá? A Educação Previdenciária é definitivamente responsável pela mudança de posicionamento da Previdência Complementar. Alguém ainda usa os termos: esforço, disciplina, sacrifício para se referir à poupança com horizonte previdenciário? Há ainda algum resquício da associação indevida entre contribuição e desconto na folha de pagamento para quem faz previdência fechada. Mas isso é uma questão de [pouco] tempo. Também está com os dias contados.
Sim! Ainda que os indicadores estejam pulverizados, ainda que não possamos contar com um big data que nos forneça o crescimento da produção de conteúdo e interesse pela Educação Financeira e Previdenciária, hoje o tema é realidade instaurada que vai ainda vai demonstrar sua capacidade de mobilização. Porque poupar é uma decisão inteligente!
Tem muita gente de valor explicando como esse equilíbrio financeiro favorece e valoriza a integridade emocional, pessoal, familiar do trabalhador. Gustavo Cerbasi, Cássia Aquino, Ricardo Amorim, Mara Luquet - junto de outros tantos operadores de Previdência Complementar - estão trabalhando para que as PESSOAS ganhem mais competência financeira.
O que é riqueza?
Riqueza é mais do que dinheiro. Esse conceito é global. Por isso, dia 9 de junho de 2014, em São Paulo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) finalmente lançou a versão em português de seu Índice para uma Vida Melhor (Better Life Index), baseado em 11 variáveis essenciais para o bem-estar (clique aqui).
Há algum tempo a OCDE está empenhada e incentiva a construção de indicadores globais. Uma das dificuldades era a padronização da metodologia, dos instrumentos de pesquisa para o levantamento homogêneo de dados, o que gerava distorções nos resultados. Outra restrição era orçamentária: os países não dispunham de orçamento para realizar esse tipo de investigação.
O que eu achei interessante nessa proposta implementada pela OCDE é que a construção dos resultados é colaborativa, padronizada, feita em tempo real, diretamente junto ao público, sem a intermediação e filtros de instituições especializadas. Assim, são criados versões individuais do índice. Desde 2011, o Better Life Index recebeu mais de 4 milhões de visitantes de 184 países.
É um instrumento que pode contribuir para o planejamento de políticas públicas e, sem dúvida, estimular o protagonismo e o exercício da cidadania. PESSOAS que conquistam competência financeira fazem mais com menos. E não abrem mão de uma vida feliz.
Saiba mais sobre o Better Life Index
Podcast de Mara Luquet para a CBN (clique aqui)
Pelé e Aldo Rabelo lançam índice de bem-estar com OCDE e FGV-Projetos (clique aqui)
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