terça-feira, 30 de dezembro de 2014

TEMOS QUE APRENDER CALCULAR O VALOR SÉCULO 21

E se? E se a gente aprendesse a calcular não só o patrimônio acumulado da Previdência Complementar, mas os ganhos econômicos e sociais diretos e indiretos que aposentados independentes representam e efetivamente são?

Esse cálculo eu ainda não vi. Mas acho que é possível fazer. Porque lembro de ter visto em uma palestra sobre qualidade de vida algo como U$$ 1 investido em saúde preventiva representa uma economia de US$ 4 em despesas de saúde.  Também sei que hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera saúde financeira como indicador de produtividade. Sem contar que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entende que Educação Financeira e Previdenciária são fatores estratégicos para qualificar políticas econômicas, tornando-as mais competitivas na atração por financiamentos e investimentos de capital.

Esses motivos e a celebração do Dia Nacional do Aposentado (clique aqui), para mim, sugerem uma reflexão: quanto a sociedade ganha com: 

  • captação financeira da aposentadoria complementar? 
  • promoção da saúde financeira do trabalhador?
  • estímulo à Educação Previdenciária do trabalhador?
  • autonomia financeira do aposentado?

O grupo de aposentados com complementação de aposentadoria no Brasil ainda é pequeno. É fato! Mas tem muita gente trabalhando para mudar essa realidade. Em um ano em que há perspectivas e interesse para políticas públicas de incentivo à poupança - uma inversão da política de incentivo ao consumo até então apregoada - talvez esse seja o momento mais estratégico para se calcular o valor tangível e intangível da Previdência Complementar para o Brasil. Mais: é preciso fazer projeções claras sobre grandezas como tributos, por exemplo, que os aposentados recolhem a favor da sociedade. 

No Brasil, ainda não há uma política pública clara a favor de autonomia para uma poupança ou de atitudes previdenciárias que compartilhe riqueza. Aqui, eu preciso me apoiar em uma fonte externa: Paulo Rabello de Castro, no brilhante ensaio Previdência é riqueza compartilhada: receita para o Brasil no século XXI. Diz o autor:
É mais comum se debater no Brasil a distribuição da renda, que é um conceito de fluxo anual – são estes,vulgarmente, os “rendimentos”, de capital e do trabalho de cada um. A mensuração da riqueza acumulada tem ficado relegada a um plano secundário nos debates sobre as políticas de redução de pobreza. Políticas distributivas são, em geral, definidas no campo fiscal, quando o Estado, no regime capitalista, como é o nosso, resolve atuar tributando os mais ricos numa parte de suas rendas e prometendo, com isso, distribuir a receita dos impostos aos mais pobres, realizando "transferências" de quem tem mais para quem tem menos, por meio de diversas formas e programas
Esse é o conceito que números e contabilidades criativas não sustentam. Os programas sociais sempre foram alvo de cortes e reduções, quando as contas não batem. Portanto, acho que aos valores que a Previdência Complementar representa é preciso acrescentar dois outros atributos: consciência e lucidez! 

E=mc² e Efeito Borboleta

Duas expressões perfeitas da Física e da Matemática: 


  • Energia é o resultado da massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. 
  • O efeito em escala de um delicado bater de asas de borboleta em algum lugar do planeta tem potencial para provocar um tsunami em outro lugar.

Os sinais da linguagem são sempre sutis. Mas antecipam grandes mudanças. Você já viu o tema APOSENTADORIA ser anunciado como destaque de programação televisiva? Pois é! Entre os teasers da programação comemorativa de 50 anos da Rede Globo, está lá, figurando entre empreendedorismo, inovação, mobilidade urbana, poupança pessoal. 


Ah! Ninguém mais é inocente! O básico todos nós já fizemos. Agora vamos trabalhar para o que está além das evidências. Vamos fazer novos cálculos, novas projeções, traçar novas perspectivas. Com novas premissas demográficas. Com novos potenciais de consciência social.

Mais do que otimismo, o século 21 pede realismo para realizar. Em excesso, otimismo e pessimismo são ruins. Mas o realismo é o ponto de equilíbrio e equilíbrio é o DNA da Educação Previdenciária.

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