sexta-feira, 27 de abril de 2018

CEM MILHÕES CELEBRADOS POR UMA MARCA NACIONAL

Sou apenas uma nestes cem milhões da Globo! Mas a campanha de celebração dessa conquista da marca falou comigo. Ando meio incomodada com os números, ultimamente. Porque produzo conteúdo, mas os números nem sempre são tão empolgantes. Muitas decisões são baseadas nesses tais números - alcances, relação de investimento e retorno, frequência e periodicidade das mensagens. Mas o empenho para produzir conteúdo precisa ser permanentemente redobrado, isso eu não tenho dúvida!


Então, a campanha da Globo sobre os cem milhões de telespectadores começou a me sensibilizar. Primeiro, porque assisto parte da programação - os jornais, novela, às vezes as minisséries. Então eu me identifiquei. Depois, porque os filmes da campanha são lindos e o jingle é chicletinho. Então fica lá, ecoando na cachola, mesmo que eu não queira. É claro que só esses elementos aumentaram ainda mais o meu incômodo com os números. Já viu, né? São vários filmes, com a mesma pegada, mas a expressão é regionalizada.



Acho que, todas essas peças da campanha dos 100 milhões fizeram a minha angústia com Comunicação - suas decisões, escolhas, processos e resultados - explodir e me lembrar de mais um número. 53 anos. Esse número a campanha dos cem milhões não mostra. 

Desde 1965, ano em que eu nasci, a TV Globo está no ar.  A marca é mais antiga ainda.  Começou com a gráfica, os jornais, a rádio. Só depois vieram os canais de tv, a presença digital - portais, apps, redes sociais. Multicanais, plataformas de comunicação, pesquisa, produção intensa de conteúdo, busca permanente pelo tom uníssono desses cem milhões. É a tal da Comunicação 360° em escala titânicaClique aqui para saber mais sobre esses números, estrutura e alcance da Globo. Mas nem dá para imaginar tudo o que foi investido para construir esse patrimônio institucional, simbólico, cultural. Quanto trabalho, quanta energia! "Uns dizem gostar da gente, uns dizem que não".

Tente outra vez... e sempre!

Para quem é empreendedor ou profissional liberal - como eu e mais a torcida de vários times de futebol - a coisa é um pouco diferente. O Jornal de Negócios do SEBRAE, na edição de fevereiro, divulgou uma pesquisa sobre as decisões de Comunicação das pequenas e médias empresas no Brasil.

Os resultados da pesquisa SEBRAE mostram que o principal canal de divulgação é o boca a boca: 31% utilizam. Só 14,4% têm site. Mas 21% usam redes sociais.


Entendo que produzir e manter esses canais de divulgação exige recursos financeiros e, principalmente, humanos. Eu mesma nem sempre consigo acompanhar tudo o que eu gostaria ou produzir tudo o que eu preciso.

Ainda que Comunicação não seja a principal decisão de gestores e empreendedores, ela precisa ser entendida como instrumento estratégico para potencializar e alavancar resultados. A Comunicação pode ser uma escolha muitas vezes baseadas em evidências e fatos, às vezes baseadas em números, expectativa de alcance e resultados. Seja lá qual for a razão, a Comunicação, para mim, é uma vivência, uma angústia, uma felicidade, uma realização, sempre impulsionada pela paixão e pela " estranha mania de ter fé na vida".

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