quinta-feira, 12 de abril de 2012

QUEM GOSTOU FAZ BARULHO!


Em março, fui contratada para realizar uma oficina sobre técnicas de apresentação em público para uma equipe de profissionais responsáveis pela captação de novos participantes em uma Entidade Fechada de Previdência Complementar muito representativa no Sistema.
O cliente pediu para que fosse formulada uma pesquisa prévia com os integrantes do grupo, com o propósito de realizar uma aclimatação para a oficina que seria conduzida na sequência. Vou usar apenas um fragmento desse trabalho para sustentar minha reflexão aqui. Uma das perguntas estruturadas investigava a preferência dos pesquisados em relação a apresentador. A pergunta era aberta e valia qualquer tipo de resposta. Resultado disparado: Luciano Huck.
A resposta era previsível.  Afinal, já em 2009, em uma entrevista para Comunicação e Educação Previdenciária: a importância dos valores para a construção de novos paradigmas sociais, Felinto Sernache Coelho Filho, diretor da Towers Watson, refletia sobre a difusão da cultura previdenciária no Brasil e propunha: 
"No curto prazo, penso que podemos massificar a ideia da previdência complementar através da criação de um personagem de novela que possa representar o poupador de plano de previdência. Algumas inserções no Jornal Nacional bem como no programa do Faustão e do Caldeirão do Huck dariam visibilidade do "produto" para a classe C emergente. Entretanto, para atingirmos plenamente o objetivo de criarmos uma cultura permanente no médio e longo prazos, faz-se necessário investir nas crianças".
Luciano Huck trabalha muito no viés social, apoiando a realização de sonhos possíveis. Nesse sentido, há uma grande convergência entre essa capacidade de ajudar as pessoas e o sentido da Previdência Complementar, embora - isolada - as natureza de cada negócio seja bastante diferente. 
Luciano Huck tem tantos atributos como comunicador que - como garoto propaganda - desenvolve simultaneamente e com sucesso diferentes marcas de patrocinadores distintos. Sua grife pessoal agrega naturalmente valores intangíveis de idoneidade, solidariedade, espontaneidade, humildade, humanidade para seu portfólio de clientes. A opinião pública não só aprova, mas se sensibiliza, se comove e, certamente, consome. Isso, para o patrocinador significa retorno do investimento. Resultado da estratégia de comunicação.
Além desses aspectos técnicos do trabalho de Luciano Huck, existe um outro tema que eu quero aqui colocar em perspectiva: o grito de mobilização da plateia. Para interagir com o auditório, Luciano comanda: "Quem gostou, faz barulho no Caldeirão!". E as manifestações de apoio são unânimes.


Muito barulho, muita reverberação


Assisti hoje ao primeiro dia do curso Aspectos conceituais de governança, administrativos e contábeis dos Fundos de Pensão, ministrado pela SUPORTE Consultoria e Treinamento, em São Paulo. Um dos palestrantes, José Edson da Cunha Júnior, Secretário Adjunto de Políticas de Previdência Complementar, explicou parte do trabalho para flexibilizar resistências em relação à aceitação da Funpresp - a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais.
Opiniões divergentes em relação a uma nova realidade são admissíveis. O que - para mim - incomoda é o pouco barulho de quem gostou dessa mudança. E eu adorei! Então, para comemorar, vou começar a fazer o meu barulhinho aqui. Quem sabe ele ecoa por aí e faz outros corações e mentes se alinharem nesse movimento que precisa amplificar a voz de um grande professor, conhecedor de toda história passada e figura entre os titãs que estão conduzindo a linha de frente de uma mudança poderosa que beneficiará o futuro das novas gerações.




Escolhi Olodum & Paul Simon por duas razões: o intransitivo e superlativo sentido de harmonia, ritmo e comunhão do batuque do Olodum. E a letra de Paul Simon, composta na década de 1990. Conta a história de um pai perplexo, diante do mundo, que faz o desconfortável questionamento: "por que negar o óbvio a uma criança?". Aqui, eu reinterpreto e desdobro essa provocação assim:
- qual será nosso legado, como cidadãos do século 21 que somos? 
- qual será nosso papel técnico e político, como cidadãos do século 21 que somos?
- qual será nossa consciência, como cidadãos do século 21 que somos?
- como seremos lembrados, como cidadãos do século 21 que somos?
Quem sabe e gosta das respostas para essas perguntas tem que fazer barulho, muito barulho. Quem ainda não sabe, tem que prestar muita atenção nos barulhos que já estão acontecendo e, principalmente, no muito barulho ainda que vem por aí... Acho que é assim, com silêncios e sons, que se sente, entende e transforma o mundo em que se está! 

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