domingo, 15 de abril de 2012

Visão de futuro: ousadia para sonhar e coragem para realizar


Eu não me canso de comprovar dois pensamentos teóricos lapidares. Mikhail Bakhtin, filósofo da comunicação: a linguagem antecipa fenômenos sociais. David Harvey, geógrafo especialista em sociologia urbana: as transformações acontecem sempre em resposta às demandas sociais. Fernando Pessoa expressou tudo isso em poesia: "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce!".


A angústia para que o sonho aconteça logo é natural. Mas ele só se concretiza quando nossa coragem está preparada para materializar o salto. Há pouco tempo, Bill Gates e Steve Jobs - assim como Copérnico, Galileu, Einstein - foram tratados como loucos pela sociedade. Mas, eles tiveram coragem e mudaram o mundo várias vezes de eixo.




O trabalho de comunicação da telefonia celular é, para mim, outro exemplo de que, quando tudo está alinhado, o conhecimento acontece. Há poucos anos, não tínhamos a menor ideia de conceitos e recursos como: portabilidade, acesso ilimitado, roaming, chip, dual chip, 3G, 4G, SMS, smartphone, blackbarry, android, Iphone e tantas outras inovações assumidas como tecnologia do futuro incorporada no presente, consumidas com curiosidade e até mesmo com fanatismo pela sociedade.


Vocabulário previdenciário


Assim como o Latim se transformou e deu origem a diferentes idiomas, o vocabulário previdenciário é formado por expressões de diferentes áreas do conhecimento: Contabilidade, Direito, Atuária, Administração, Finanças. Dessas influências altamente técnicas, surgiu uma linguagem muito peculiar que está buscando, cada vez mais, se aproximar para se relacionar e ser incorporada pela sociedade.


Na Europa, Canadá e Estados Unidos, a população já estava preparada culturalmente para absorver e naturalizar a segurança - proposta da previdência complementar - como estilo de vida. No Brasil, somente agora, diante de condições e políticas econômicas mais favoráveis é possível imaginar a alavancagem dessa demanda. 


Muitos profissionais do Sistema de Previdência Complementar acreditam que é preciso simplificar o vocabulário previdenciário. Só assim, as pessoas vão entender o que é o nosso produto. Eu ainda não tenho muita certeza se isso é realmente possível. Mas estou certa sobre uma coisa: precisamos ter mais visão de futuro, querer participar da evolução, imaginar nossos produtos e serviços integrados e naturalizados entre pessoas emancipadas, autônomas e com liberdade para decidir o melhor para seus projetos de vida e para toda a sociedade.


A criatividade, para mim, será mais efetiva na formação do imaginário do que propriamente na transformação do vocabulário. Sem sonhar, nós não ousamos. Sem sonhar, nós não saltamos. A borboleta é uma lagarta que ousou ser uma flor com asas.

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