sexta-feira, 25 de maio de 2012

SER ÚTIL: A GRANDE MISSÃO DE TODA A HUMANIDADE


Hoje, o professor Gil Giardelli, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, encerrou apoteoticamente o 3º Encontro Nacional de Comunicação e Relacionamento - promovido apela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), no Rio de Janeiro. 


Esta semana, quando escrevi de Gilberto Gil, tinha mencionado aqui uma sensação que preciso retomar. Algumas pessoas muito iluminadas conseguem sintetizar um universo de informações, recontar a história do mundo - presente, passado, futuro, multidimensões - com uma economia de palavras e tempo completamente mágica. Algumas pessoas, como o Dr. Wonka, têm a fórmula secreta de, numa só bala, socializarem uma experiência de degustação de todos os sabores do mundo. 


Como elas conseguem? Eu não sei a resposta... Estou ainda tão atordoada e fascinada com o que vi, com o que fiz (e que em breve poderei compartilhar ainda mais), com a rede de muitos profissionais que fazem comunicação e relacionamento nos fundos de pensão sendo ativada e transformando pessoas, com as contribuições da neurociência, da física quântica, das pesquisas, das mídias sociais... Eu queria uma expressão menor, mas o que eu estou sentindo precisa de espaço!


Somos a resposta para os problemas que enfrentamos


A primeira vez que vi Gil Giardelli falar foi numa edição do mesmo evento, em 2008. Ele estava anunciando o mundo novo das redes sociais para os fundos de pensão. E incentivando todo mundo a experimentar. Na época, alguns entenderam com ceticismo, outros aceitaram a sugestão, o desafio. Alguns abraçaram o problema. Outros buscaram a solução.


Hoje temos Entidade Fechada de Previdência Complementar usando Facebook e chat para interagir com as pessoas. Temos áreas de relacionamento disseminando cultura previdenciária pelo SMS. Temos portais, sites, simuladores, blogs, tvs corporativas. Além de jornais, revistas, cartas, manuais, relatórios, extratos, call centers. 


O mundo mudou. Nós mudamos e, diferente de 2008, não há mais opção. O que há é caminho, logicamente pavimentado por aqueles que encontraram respostas. Não todas, é claro. Mas as primeiras. O professor David Harvey, da Universidade de Nova York, afirma que as inovações são reflexo de pressão social. O que isso significa? As mudanças mais significativas acontecem independentemente da nossa vontade. Só que quem está aberto aproveita melhor o movimento que elas desencadeiam. Vou deixar aqui uma das TEDs do professor Gil Giardelli. No Youtube outras, para quem gostar. Todas são sensacionais. Este é só um "drops" para quem quiser adoçar as ideias. 






Capitalistas sociais


Encontrar soluções é outro nome do empreendedorismo individual que - com mais formadores de opinião proativos - pode ser empreendedorismo social, planetário, intergalático. Por que as pessoas fazem isso? Por pura vocação. Mas pessoas como Magdarlise Germany e sua equipe ganharam dois prêmios (um deles é latinoamericano) por seus gestos magníficos de combinar Comunicação, Relacionamento com Pessoas e Educação Previdenciária. Pessoas como Laura Jane Lima e sua equipe, reconhecidas nacionalmente pela ousadia de mandar bem em Comunicação, Relacionamento com Pessoas e Educação Previdenciária.


A melhor das notícias agora? Não há um só caminho. Isto é: há muito para fazer. E, para finalizar só este post - porque sei que vou continuar escrevendo o que eu conseguir lembrar, processar e ressignificar de todos esses conceitos e práticas combinados tão linda, dinamica, contagiante e entusiasticamente pelo professor Gil Giardelli - preciso contar uma historinha. 


O professor Octávio Ianni, da Universidade de São Paulo - sociólogo como o professor Gil Giardelli - em seu premiado livro Enigmas da modernidade-mundo - depois de citar Fernando Pessoa, ilumina:


"Quem viaja larga muita coisa na estrada. Além do que larga na partida, larga na travessia. À medida que caminha, despoja-se. Quanto mais descortina o novo, desconhecido, exótico ou surpreendente, mais liberta-se de si, do seu passado, do seu modo de ser, hábitos, vícios, convicções, certezas. Pode abrir-se cada vez mais para o desconhecido, à medida que mergulha no desconhecido. No limite, o viajante despoja-se, liberta-se e abre-se, como no alvorecer: caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao andar. [....] À medida que viaja, o viajante se desenraíza, solta, liberta. Pode lançar-se pelos caminhos e pela imaginação, atravessar fronteiras e dissolver barreiras, inventar diferenças e imaginar similaridades. A sua imaginação voa longe, defronta-se com o desconhecido que pode ser exótico, surpreendente, maravilhoso, ou insólito, absurdo, terrificante. Tanto se perde como se encontra, ao mesmo tempo que se reafirma e modifica. No curso da viagem há sempre alguma transfiguração, de tal modo que aquele que parte não é nunca o mesmo que regressa". 


Esta semana, eu trabalhei no Rio de Janeiro. E, por todos os movimentos que vivi, provocados por todas as pessoas que encontrei, ao voltar para São Paulo, entendi que, entre fechar e abrir a mesma porta, as fronteiras humanas são outras, desde que tenhamos a generosidade de nos permitir.

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