sábado, 9 de junho de 2012

EDUCAÇÃO: INVESTIMENTO SEM RISCO DE LONGO PRAZO

Pesquisa da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo - divulgada na noite do dia 8 de junho, no Jornal da Globo - mostra que o dinheiro investido em ensino básico determina a riqueza de uma cidade, cem anos depois. Quem quiser assistir, clique aqui.

Essa notícia tem tantos aspectos importantes que é uma façanha enumerar todos. Os mais evidentes estabelecem uma relação de complementar entre educação e riqueza, educação e valor, educação e vínculo afetivo, riqueza e evolução. Claro! O empreendedorismo pode fugir à regra, mas é caso de excessão. 

O que me interessa nessa reportagem é um aspecto que há alguns anos investigo: a demonstração do valor intangível da comunicação e da educação. Porque enquanto somente o investimento em educação e comunicação estiverem demonstrados em balanços contábeis e outros registros quantitativos, haverá risco de redução ou - pior - exclusão de dotação orçamentária para esse trabalho que apresenta resultados sustentáveis no longo prazo.

Intrumentos de medição

Qual é a limitação para estabelecer os indicadores de patrimônios intangíveis? A amplitude dos efeitos de um trabalho bem construído. Porque os efeitos são em escala em prazos que, como se pode constatar, transcende gerações!

Se os instrumentos de medição de bens tangíveis ainda são imperfeitos, imagine a precariedade dos parâmetros usados para avaliar bens intangíveis?

Essa condição não impede, entretanto, que se sonhe com um momento como o que a reportagem mostra: a comparação entre duas cidades do interior de São Paulo: motivos históricos, decisões políticas, estabelecimento de prioridades. Tudo isso sustenta as decisões sobre o montante destinado à educação.

Em 1905, Indaiatuba investia 17,9% do orçamento no ensino primário da população. No mesmo ano, Natividade da Serra, no mesmo ano, destinava apenas 2% do orçamento para a mesma finalidade, apesar de ser uma cidade pólo da economia cafeeira, porém com decisões socioeconômicas imediatistas, predatórias e pouco evoluídas.

Hoje, os resultados econômicos, favoráveis à população de Indaiatuba, demonstram que escolhas orientadas para a formação de um patrimônio intangível significam riqueza tangível transferida de geração em geração.

Educação Previdenciária

No Brasil, Educação Previdenciária está sendo desenvolvida por profissionais pioneiros que ideologicamente abraçaram a causa, defendem a ideia e realizam trabalhos primorosos principalmente junto às Entidades de Previdencia Complementar que, em geral, são instituições sem fins lucrativos.

Claro que a intenção imediata é garantir a sustentabilidade do negócio. Entretanto, o benefício social será inquestionável. Porque educação com foco no futuro significa posicionamento sociopolítico, valorização da inserção e da mobilidade social, cidadania.  Quando os balanços contábeis registrarem isso, a fidelização e a adesão do cliente ao negócio serão espontâneas, com altos índices de satisfação.

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