domingo, 15 de julho de 2012

VOLTA DO MUNDO, O MUNDO DÁ VOLTA. 
E NINGUÉM MAIS É INOCENTE!


"Antes mundo era pequeno porque Terra era grande.Hoje mundo é muito grande porque Terra é pequena;Do tamanho da antena Parabolicamará" (Gilberto Gil)




E o que o poeta quer dizer com isso? Que - com a conexão - não dá mais para ser ingênuo, nem inocente. Tudo que acontece do outro lado do planeta, influencia aqui dentro, no coração de cada um de nós. Ontem, zapeando os programas na tv, vi um fragmento de entrevista feita por Mírian Leitão com o professor Eduardo Gianetti, que analisava os movimentos da economia, principalmente em razão do que está acontecendo na Europa.

Economista consciente e experiente, Gianetti disse que não dá para apostar mas, por intuição, ele acredita que será inevitável a Alemanha ter de rever o próprio posicionamento e adotar uma política mais solidária em relação a países como a Itália e a Espanha. É a solução mais barata, no final das contas!

É impossível ser feliz sozinho

Curioso! Há alguns dias, aprendi que a Alemanha desfruta hoje de uma condição mais confortável em relação aos demais países da Europa, porque adotou uma política de investimento em educação e aumento da capacidade de produção instalada, quando o Euro foi implantado na Europa. O resultado, é claro, maior vantagem competitiva em razão do ganho de escala.

A fórmula funcionava quando o mundo não era tão conectado. Em economias não globalizadas. Agora, o mundo é menor, do tamanho da antena, camará! E os alemães, por terem assumido a dianteira econômica, terão que usar de arte para reformular e fazer o engenho funcionar!

Sobre a crise do mercado de trabalho na Espanha, Gianetti também disse que os jovens recém-formados no ensino superior estão sendo chamados de Geração Perdida. Porque o emprego é, segundo o professor, "a variável econômica que mais afeta a felicidade".

A gente tem é que crescer
 
O Brasil conhece bem o significado de altas taxas de desemprego e inflação disparada. O trauma prevalece para muitos, mesmo em cenários mais otimistas de queda da taxa de juros e previsão de crescimento econômico controlado. 

O que o Brasil ainda desconhece ainda é a relevância da Educação Financeira e Previdenciária. Prova disso são os índices de endividamento das famílias brasileiras em razão da oferta de crédito ao consumidor, apurados pela Fecomércio. 

Por isso, o professor Gianetti obviamente também destacou a importância de se aumentar os níveis de Educação Financeira no Brasil. Diferente dos demais lugares do mundo, o comércio ainda é praticado em condições desiguais.A desvantagem fica para o consumidor que, ignorando as regras básicas sobre cálculo de juros, vive sem planejamento, sem escalonar necessidades, consome por compulsão, paga mais, compra menos e financia a riqueza alheia! Isso sem falar no posicionamento coletivo em relação ao emprego. Mas isso é reflexão para o post de amanhã.

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