quarta-feira, 28 de novembro de 2012

E SE A GENTE FALASSE DIFERENTE?


A ideia do post hoje é provocar. Claro que não a ponto de gerar conflito, mas talvez compartilhar o mesmo incômodo que eu sinto quando leio algumas notícias que parecem contraditórias com as informações e ao discurso aos quais normalmente estou exposta. Então, começo com uma revelação que pode contrariar aqueles menos tolerantes à diversidade: sou fã de uma cena de Arnold Alois Schwarzenegger em Comando para matar.

O trailer do filme mostra essa cena, mas vou ter que explicar um pouco para quem esqueceu ou desconhece. O personagem de Schwarzenegger ao estabelecer as prioridades estratégicas de sua vingança, diante de um dos vilões, promete matá-lo por último.

Acontece que este vilão é mestre em azucrinar o herói que decide mudar os planos, quando surge uma oportunidade, antecipando o cumprimento da promessa com uma justificativa lacônica e pouco ética: "Eu menti". No trailer, é a cena em que os dois estão à beira do precipício.



Por que eu gosto desta cena? Porque os dois - herói e bandido - estão em uma situação de limite. Porque há uma alternância de papéis: herói não compromete a missão para ser bonzinho (popular) e criar a falsa expectativa de remissão do vilão. Porque há uma mudança surpreendente do discurso, que se materializa por meio de uma síntese radical: "Eu menti".

A viagem das notícias da semana

E daí? Hoje, pelo Facebook, li uma nota publicada pelo jornal Valor Econômico, replicada na página da Gama (clique aqui). Trata dos resultados positivos e das expectativas de crescimento da Previdência Complementar Aberta, avaliada pela Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (FENAPREVI). Os números são bastante eloquentes.

Para quem acessar, a página traz uma outra nota sobre o crescimento da OABPrev-SP, um fundo fechado e instituído. Isto significa que seus participantes fazem contribuições individuais, sem a contrapartida de um Patrocinador.Se ainda juntarmos a esses números alguns outros: Caderneta de Poupança, Fundos e Seguros, imagino que estaríamos diante de uma soma significativa. 


Então, fico pensando se já não estamos diante de uma situação-limite que exige uma mudança de discurso? Vejo os resultados positivos de adesão dos Programas de Educação Previdenciária implantados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Está registrado no Facebook (clique aqui), por exemplo, o sucesso do Programa Escolha Certa com o curso de inclusão digital para terceira idade, promovido pela Fundação Celesc Celos.

São soluções positivas e fatos que ajudam a redesenhar a tábua de valores da Previdência Complementar e se contrapõem a verdades como: o brasileiro não sabe poupar. Talvez somente agora a economia está proporcionando duas formas de o brasileiro lidar com acesso ao dinheiro: gastando e poupando. Talvez rever o discurso possa ser uma oportunidade de demonstrar racionalmente uma escolha de valor (sustentabilidade do consumo) para que o empregador reveja seus preconceitos e o trabalhador possa, conscientemente, adotar melhores hábitos para fazer a escolha certa.

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