quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E SE A GENTE FOSSE DIFERENTE?

O dia em São Paulo amanheceu esplêndido! Mas a notícia da morte de Joelmir Beting provoca aquela desconfortável experiência de perecível, de intagível. E a proposta de reflexão: o eterno. 

Amanhã as notícias serão outras. Mas a perda será permanente. Outros jornalistas virão. Outras formas de expressão de lucidez e lógica. Mas, eu fico pensando no legado que as pessoas podem ou não deixar enquanto estão aqui.

O mesmo Facebook que me contou sobre Joelmir Beting tem hoje um vídeo que me fez lembrar das lições de outro muito especial. O professor Gil Giardelli (ESPM/USP), que eu reiteradamente referencio nos meus posts. Ontem mesmo ele estava promovendo o conceito de Social Good pela rede social (clique aqui).

Gil Giardelli é muito lúcido sobre o bem e o mal da webcomunicação. Mas o saldo positivo pesa a favor de um otimismo sobre a capacidade de inovação e reinvenção do ser humano. A expectativa é de amadurecimento para que nós - como civilização - superemos o estereótipo de exterminador do futuro e adotemos uma nova postura, mais evoluída, do tipo 3G (Gentileza Gera Gentileza).

A comunicação em massa do século 20 fez com que todos quiséssemos ficar iguais. A comunicação dirigida do século 21 está mostrando que existem outras formas válidas, autênticas e até mais criativas de expressão.

Social Good é o poder fazer o bem em escala. Social Good é a escolha do altruísmo ao invés do egoísmo, personalismo, individualismo. É a transformação, ao invés da deformação.
No livro Você é o que você compartilha, Gil Giardelli define:
"O Social Good, fazer o bem em rede, está na influência que usamos para espalhar altruisticamente o que torna uma comunidade melhor. Pare para pensar em suas atitudes e como você está usando sua influência on-line e off-line. Com mais de 80 milhões de pessoas no Brasil e quase 1 bilhão de pessoas inseridas no mundo das redes sociais, somos todos catalisadores de ideias. Se você é o que você compartilha, e quem compartilha é um educador, então somos todos educadores. [...]
Alguns acham que essa é uma nova forma de encarar o terceiro setor, as ONGS e o trabalho voluntário. Eu acho que refundaremos a colaboração humana".
Tenho compartilhado minhas reflexões sobre trocar as palavras, trocar os sentidos - ou melhor - explorar a diversidade dos sentidos, porque a linguagem, como ensinou o filósofo russo Mikhail Bakhtin, é polifônica e polissêmica e antecipa o registro dos fenômenos sociais que irão se desencadear, se materializar.

Para finalizar o post de hoje com um jeito muito familiar, foi também no Facebook hoje que eu encontrei um vídeo muito inspirado. Como não está no Youtube, para assistir é preciso clicar aqui. Invista seu tempo: são só 4 minutos e 35 segundos. Também quero dizer que, no Facebook encontrei as fotos de hoje. Eu as escolhi porque elas me falam das redes criativas, de sabedoria, de cooperação, de proteção que somos capazes de criar por meio de nossa razão, mas que a escolha mais sensata, ironicamente, ainda é a emoção. Quem quiser ver o álbum, clique aqui.

Amanhã, provavelmente, não tem post. Estou escalada para começar muito cedo a prestar meus serviços de comunicóloga. Você pode, então, rever o vídeo e passar uma sexta-feira revendo atitudes pequenas, gestos simples que podem ser multiplicados para fazer o mundo melhor. Em rede, nós podemos ser e fazer diferente!

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