
Hitler - a serviço da guerra e domínio do mundo - e muitos comunicadores funcionalistas - a serviço do mercado - até hoje são adeptos da manipulação como técnica de reconhecido sucesso na produção de mensagem. Claro! Adotam outros nomes, mas os propósitos são explícitos: resultado no curto prazo; decisão inconsequente; impulso. O curioso é que alguns desses profissionais criticam esse imediatismo e essa alienação das PESSOAS ("influenciáveis"), quando a atitude delas favorece interesses que não os próprios.
Seria ingenuidade limitar essa reflexão à crítica, porque os resultados de uma campanha de comunicação são mensurados pelo número de PESSOAS que adotam um comportamento proposto por uma mensagem. Quanto mais, melhor sempre! A pergunta é: a qualquer preço?
Como eu avisei há alguns dias, comecei uma nova leitura: Estratégias em mídias sociais - como romper o paradoxo das redes sociais e tornar a concorrência irrelevante, de Fábio Cipriani.
O livro foi patrocinado pela Deloitte. Aliás, Fábio é gerente de Estratégia e Mercado naquela empresa. Mas tem uma proposta interessante para esse trabalho: ao invés de analisar tecnologias, dedica-se a estudar PESSOAS.
Daquilo que já li, entendo que Fábio Cipriani tem uma proposta mais sustentada de relacionamento e estratégias de comunicação, sem perder o enfoque de escala.
Fábio Cipriani fala do poder da capacidade de influência social - espontânea ou não - normalmente apoiada por boas ou más experiências de uso de produtos e serviços. Essa influência é exercida por consumidores em ação nas redes sociais.
As empresas mais visionárias estão administrando estrategicamente essas informações. Muitas, entretanto, mantêm-se na retaguarda desse processo evolutivo inquestionável.
"[...] a declaração de outro usuário on-line pode perfeitamente moldar a opinião de um potencial cliente, motivando-o para a compra, e essa declaração pode estar acessível com uma mera busca no Google, com perguntas em fóruns de discussão ou no Twitter, ou opiniões passivas, nas próprias lojas on-line". (Fábio Cipriani, Estratégias em mídias sociais, p. 53)
Quando as escolhas são um dilema

A saúde e a educação seriam - certamente - apelos significativos para a poupança e a captação de recursos. Mas estariam desassociadas da ideia imediata de aposentadoria e qualidade de vida na fase em que se deixa o mercado de trabalho.
Talvez - e essa é uma hipótese declaradamente precipitada e sem o compromisso de acerto, ou seja: exercício de especulação - a estratégia mais funcional, para o fomento do Sistema e a disseminação da cultura previdenciária, fosse investir em processos para despertar a consciência da necessidade de consumo (não participantes) simultaneamente à consolidação da satisfação do consumo (participantes e assistidos) de produtos previdenciários (com foco na aposentadoria)!
Ah, muito bem, Colombo, colocou o ovo em pé! Agora explica: como?

Por meio de comunicação dirigida, que transforme o segundo nicho (participantes e assistidos) em formadores de opinião e referência para o primeiro nicho (não participantes).
A técnica pode ter também outro foco: patrocinadores e não patrocinadores, instituidores e não instituidores. Agora, com a FUNPRESP: órgãos públicos aderentes e não aderentes à proposta da Previdência Complementar dos Servidores Públicos da União.
Falar parece fácil!
Por enquanto, é só reflexão que estou fazendo aqui. Mas, quem garante que essa semente não possa se transformar em curso de comunicação para embaixadores on-line de marca? Afinal, este é o "meu" espaço de exercício de influência que, com algum nível de consciência, eu pratico sem querer parar!
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