segunda-feira, 10 de junho de 2013

IMERSÃO EM CIDADANIA DO SÉCULO 21

O mundo que queremos é o mundo que fazemos. Não há outra fórmula mágica. Há a Lei da Ação e Reação. Ações qualificadas produzem resultados qualificados. Não importa quanto tempo demore para se constatar o efeito.

Gosto de uma reportagem sobre uma investigação da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), que observou o crescimento econômico de duas cidades do interior do Estado: Nazaré Paulista e Indaiatuba. A descoberta é sobre os retornos históricos sobre investimentos em educação realizados.

Há cem anos, Nazaré Paulista era uma cidade rica, por causa dos negócios do café. Porém investia menos de 7% do orçamento público em Educação. A média do Estado era 8%. Na mesma época, Indaiatuba era economicamente menos exuberante, mas investia 17% do orçamento público em Educação. Cem anos depois, adivinha qual cidade ostenta uma das melhores qualidades de vida do país, baixo índice de desemprego, altos índices de cidadania? Se você respondeu Indaiatuba, acertou.

A fórmula! Ação e reação: visão de longo prazo, sustentabilidade, emancipação das PESSOAS. Estou escrevendo sobre essas duas experiências distintas porque esta semana presto serviços em dois eventos diferentes porém complementares: 4º Seminário A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil (clique aqui) e 8º Encontro Nacional de Advogados das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (clique aqui). Os dois eventos são promovidos pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP).

É impossível, evidentemente, aprender tudo o que será tratado. Por força das circunstâncias, eu consigo recolher fragmentos dos temas apresentados, conversando com os palestrantes e com os operadores da Previdência Complementar. Depois, aos poucos, eu vou organizando o mosaico, conforme a Comunicação e a Educação me auxiliam nas atribuições de sentido e significado à experiência.

Inspiração para fazer melhor

Esse surfe e conversão de elementos no conteúdo estrangeiro são fundamentais para a imersão e atualização do meu próprio repertório. Claro que tem uma defasagem, porque os estudiosos de cada tema sempre estarão à frente, abrindo caminhos, criando interpretações avançadas. Mas permitem que eu siga e aprenda perseguindo o rastro. É como uma aventura na floresta do pensamento. Aprender leva tempo, lembra? 

Mas chega um tempo em que as ideias começam a revelar mais rapidamente as conexões não aparentes. Vi hoje, com satisfação, que a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) incluiu na programação do evento 20º Seminário de Comunicação Integrada um painel com o título "Uso consciente do dinheiro - projeto de educação financeira para a sociedade" (clique aqui). O tema será apresentado por Maria Eugênia Taborda, Gerente de Sustentabilidade do Itaú. Coincidência? Não! Convergência. Lembra, cara pálida, quanto eu repito o conceito sobre inovação do professor David Harvey? Lembra que ele há muito tempo afirma que as mudanças ocorrem em resposta a pressões sociais? 
Existe, sem dúvida, uma transformação no comportamento por "dias melhores pra sempre". É um sonho antigo, endossado pelas gerações de todos os tempos. A Física Quântica diz que a transcendência acontece sob pressão. Sob pressão, os animais evoluíram para voar e sobreviver. Sob pressão, as plantas floresceram para sobreviver. Sob pressão os minerais ganham a lucidez dos cristais e diamantes. Por pressão, a sociedade precisa repensar sua relação com o tempo e com o dinheiro. Para sobreviver e evoluir há que se encontrar caminhos justos, ambiental, social e economicamente responsáveis pelos quais a sociedade se transformar no mundo que todo mundo quer no presente e no futuro.


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