quarta-feira, 12 de junho de 2013

TUDO MUDA O TEMPO TODO NO MUNDO

Quando participo de eventos informativos, sempre consigo registrar um novo incômodo. É aquele tipo de informação que prevalece dias, como um fantasma, perseguindo as suas ideias. Para ser sincera, eu adoro essa sensação! É a bem-vinda obsessão. Porque são ideias, expressões, perspectivas novas para observar o calidoscópio da vida. Veja! A vida é sempre a mesma. O que muda é a forma como você observa.

Conforme você vai se adaptando e aproveitando o processo de observar, a sua sensibilidade se amplia. É natural, como qualquer outro treinamento. Mas, diferente de outro treino, tem impacto não só no seu olhar, mas na sua capacidade de interpretar os fatos, as pessoas, as circunstâncias... e só uma coisa é fato: você nunca sairá dessa experiência senhor ou senhora dela. A experiência é senhora da situação.

Ontem, depois de assistir a uma palestra sobre os novos empreendimentos imobiliários para a revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, um táxi me levou ao aeroporto. Por causa do trânsito travado, o motorista quis justificar a falta de mobilidade urbana. Gostei da abordagem consistente e mencionei em contrapartida - como quem joga frescobol na areia - sobre o projeto Porto Maravilha.

Olhe o calidoscópio

O motorista, que eu nem perguntei o nome, me deu uma nova palestra. Gratuita. A contrapartida social engajada para a leitura financeira, comercial e arquitetônica do mesmo empreendimento. Saí com aquela sensação: em que buraco do Coelho Branco a Alice resolveu cair, com suas considerações aparentemente aleatórias? 

Foi então que eu lembrei do calidoscópio. É o mesmo evento, são as mesmas peças. Mas a combinação de informações configura outra mensagem. E pensei num debate: o técnico empreendedor econômico e o cidadão empreendedor social discutindo o mesmo fenômeno de transformação da cidade.

Sei, cara pálida! Você já deve ter se cansado de me acompanhar até aqui. Mas é assim que aqueles neurônios da sua e da minha cabeça ficam mais sarados. Não tem outro jeito! 

E por quais motivos estou escrevendo sobre aquelas passagens rápidas e fragmentadas da minha vida? Porque é uma analogia sobre duas escolhas simples. Escolhas semânticas. Escolhas morfológicas. Uma nova obsessão que está comigo desde ontem, por causa das informações que eu ouvi. Pense antes de responder. Entre problema e solução, qual é a sua escolha? Essa é fácil! E entre risco e oportunidade?

As duas respostas ajudam definir um posicionamento. Pode ser de defesa ou de ataque. E, para quem entende de estratégia de jogo, essa escolha faz toda a diferença no resultado. O ideal, eu acho, é o equilíbrio. Mas ainda não estou certa sobre A resposta do enigma.  Cada vez que faço uma escolha, parece que vejo o sorriso do Gato de Alice questionando a minha certeza. Pelo menos por enquanto, gosto de solução e oportunidade. Mas sei que são escolhas que significam trabalho e muita tolerância à adrenalina da aventura. Talvez seja melhor jogar fora o calidoscópio. Mas a vida fica menos lúdica sem ele. Desde a infância, estamos conectados, somos interdependentes e integrados na mesma mesma experiência: brincar de viver.
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