sexta-feira, 16 de agosto de 2013

RECIPROCIDADE: UM MUNDO EM DUAS MÃOS


Deus está no particular (A. Warburg)

Eu sempre tenho umas palavras queridinhas. Comunicação, toda a vida! Interdependência, salto quântico, conexão, rede, Educação. A bola da vez neste momento é reciprocidade. E vou hoje explicar porque esta palavra está me sensibilizando, mobilizando a minha atenção.

Minha percepção me indica, cada vez mais, que nada é aleatório. Existe uma associação intrínseca entre reciprocidaderesultado. Em teoria, nada de novo, é verdade. Mas a gente só consegue confirmar o que diz a teoria quando se dispõe à prática que, neste caso, exige - primeiro - muita disciplina, proatividade e prontidão. Depois, uma capacidade de observação, identificação e interpretação de evidências. Talvez, todas essas características possam ser somadas em uma só: maturidade... Eu não sei bem.

O historiador italiano Carlo Gingsburg descreve deliciosamente essa metodologia investigativa. No livro Mitos, emblemas e sinais, um dos textos - Raízes de um paradigma indiciário - ele recupera a forma como os médicos, desenhistas e policiais colaboraram para criar uma tipologia dos criminosos que, por certos padrões - biológicos, comportamentais, permite a revelação de aparentes mistérios. É a hermenêutica em ação. Interpretação de sinais.
Em O queijo e os vermes, Carlo Gingsburg insiste na busca de evidências da história de um homem comum perseguido pela Inquisição. Esse processo permite uma reflexão profunda sobre a relação entre a humanidade e Deus. As pesquisas foram feitas em um dos arquivos do Vaticano. Uma maravilha!


Aí estão as bases de uma leitura para quem quer saber um pouco mais de método. Sobre reciprocidade, eu realmente não sei a teoria. Tudo que sei é puro pragmatismo pessoal. Para mim, reciprocidade é uma atitude gerada pela generosidade. Neste caso, o resultado costuma ser bom e muito maior do que se espera, porque existe um efeito em cadeia. Mas a atitude pode ter uma gênese baseada no interesse (para o bem ou para o mal). Aí, o resultado tem um risco potencial. Se for interesse para o bem, o resultado é imprevisível. Se for para o mal, o resultado é inevitavelmente uma catástrofe.

De reciprocidade baseada no interesse, eu me recuso deixar registrada qualquer história, especialmente numa tarde ensolarada de sexta-feira. Mas é impossível deixar de admitir que ela existe e é absolutamente natural.

Sobre reciprocidade por gentileza, as histórias são muitas, mas uma está muito presente hoje. Fiz a leitura de O queijo e os vermes, trabalhando com uma das mais respeitadas profissionais de Biblioteconomia no Brasil, a dra. Bárbara Júlia Leitão. E, há uns meses, quis aproximá-la de um novo amigo, para que ela pudesse orientá-lo no processo de concorrência para um curso de Mestrado nesta área técnica.

Em contrapartida à minha atitude espontânea, ganhei uma informação que, curiosamente, eu estava buscando há tempos e que poderia transformar um processo de trabalho que hoje considero estratégico no meu portfólio de prestação de serviços de Comunicação. Eu precisava de parceria técnica de qualidade, a um custo competitivo. Sem essa parceria, eu dependo de orçamentos generosos o que, em Comunicação, é irreal. 

Ah, também precisava de um mecenas. Alguém louco o bastante para colocar um ingrediente precioso à mistura que começava a dar liga: dinheiro! Lógico que o resultado beneficiaria direta e indiretamente a todos. Uma liga de interesse do bem!

O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem. 
Sonhar é correr o risco de viver seus sonhos. (Paulo Coelho)

Mas isso não era o suficiente. A parceria deveria ainda oferecer relacionamento interpessoal como valor agregado. Ou seja, quem topasse a interface técnica, deveria gostar de Comunicação. Mais do que isso: comprar a ideia da Comunicação Previdenciária. Por fim, interagir diretamente comigo o que, eu reconheço, é uma façanha! 


Sei que essa afirmação pode dar a ideia distorcida de falsa modéstia. Quem me conhece de verdade sabe que eu não sou fácil! A minha obstinação, misturada com carcamanice, mais uma paixão desenfreada por inteligência e informação associadas impedem que eu seja diferente.

Eu sonhei com esse encontro desde 2011, quando comecei a fazer TV Corporativa. Nunca desisti do sonho e das pistas. Sabia dos riscos, porque todo investimento - financeiro e humano - que se faz nesse tipo de Comunicação é muito alto, por isso tem que ser detalhadamente calculado. O resultado, em geral, pode atender. Mas a gente sempre quer um resultado surpreendente. 

São necessárias muitas tentativas. Mas acho que, dessa vez, deu certo. A fórmula funcionou! Depois de incontáveis reações convergentes em cadeia, estou muito otimista.

Se alguém quiser saber esta fórmula específica, a minha recomendação é começar tudo pelo Amor. Depois, eu já contei: maturidade. E o resto todo vem, meio que por encanto, porque Deus é elegante e encantador.

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