Na Comunicação, desperta um estado de atenção permanente. Porque é preciso monitorar a receptividade, a reação às mensagens planejadas para impactar comportamentos e a vida das PESSOAS. Afinal, um simples "oi" tem uma função e um propósito. Mensagens mais elaboradas, portanto, também devem despertar reações de todos os formatos. O escritor brasileiro Nelson Rodrigues radicalizava: "a unanimidade é burra"! Porque ele certamente valorizava a pluralidade, a controvérsia, questionadora de tudo o que, claro, é assumido como verdade.
"Tudo muda o tempo todo no mundo!", diz o insp-irado Lulu Santos. Por isso, é interessante acompanhar a percepção das PESSOAS. Estou escrevendo isso porque ontem compartilhei na timeline do Facebook uma peça de comunicação do Itaú que integra a campanha "isso muda o mundo", sobre Educação e Cultura, direcionadas para a construção de novos comportamentos. Gostei por juntar crianças e música clássica. São dois elementos poderosos, comoventes mesmo para mim, que não tenho filhos e gosto declaradamente de rock and roll e música pop.
Bom, hoje cedo, atentei para os comentários sobre esse vídeo que - do ponto de vista técnico - é impecável. Fotografia, cor, som, animação, trilha sonora. Mas uma crítica reclama que a seleção das crianças segue o padrão hegemônico: caucasiano. Ou seja, a mensagem causou uma reação adversa! Eu discordo parcialmente. Acho que uma das meninas, com os cabelos longos e crespos, de alguma forma, representa a heterogeneidade reclamada. Outra percepção reivindica patrocínio para os esportes, enfim...
A verdade é que uma instituição, ao optar por uma linha de Comunicação, para manter a coerência com seus propósitos internos, alinhamento para alcançar resultados - Retorno sobre Investimento, Retorno sobre Atenção, Retorno sobre Relacionamento - cria um processo seletivo complexo para distinguir elementos convergentes e, evidentemente, excluir os demais! É fácil criticar o que está pronto, por divergir de propósitos individuais.
O que eu gosto - pela perspectiva técnica - é que o Itaú, assim como a Coca-Cola, o Bradesco Prime, o Pão de Açúcar estão apostando a abordagem que a Leo Burnett conceitua como Humankind. Está no livro de Tom Bernardin e Mark Tussell. "Não se trata de propaganda. Trata-se de PESSOAS".
Quero encerrar esse post assim. Hoje é sexta-feira. Eu não sou cliente de nenhum desses bancos. Sempre resisti a anglicismos, mas as redes sociais, naturalmente, mudam a expressão das PESSOAS, inclusive a minha. Como comunicadora, adoraria ter criado o mote da campanha do Bradesco - viver é prime! - por isso, em alguns momentos, o melhor é priorizar a experiência de viver o que o mundo oferece de melhor! A crítica faz o mundo mudar, sem dúvida. Mas a gente precisa experimentar olhar o mundo com olhos livres, que é tão gostoso quanto uma colherada de gelatina.
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