Quando mais eu estudo, mais ficam claras para mim as lições do professor Sílvio Meira sobre gestão de negócios inovadores: o mundo em modo beta para sempre e complexidade. Porque cada caso tem um problema específico, cuja solução - sob medida - atendeu à situação. Por exemplo: o fenômeno Porta dos Fundos no Youtube e a venda de espaços para merchandising aconteceu de modo totalmente inusitado. E se transformou em um grande negócio publicitário (clique aqui). O sucesso fidelizou marcas importantes como Spoleto (que terminou criando um call center, como desdobramento da ação de Comunicação), Fiat , Lacta, LG.
Esta semana, nas redes sociais, um outro caso muito interessante sobre um posicionamento institucional na divulgação de seu produto. A peça de Comunicação fez uma interpretação da estrutura familiar do século 21 para vender matinais.
O fato é que alguns clientes não gostaram da ideia e passaram a enviar mensagens para os canais corporativos de relacionamento. Ao invés de se redimir pela escolha, a empresa reafirmou seus valores e, para isso, criou uma outra peça de Comunicação.
Convidou duas artistas que, primeiro utilizaram as mensagens impressas de desaprovação e rejeição ao produto e à marca. Depois, completaram o recado institucional com as mensagens de apoio dos clientes que entenderam e se identificaram com a primeira campanha.
O fato é: tudo está em construção o tempo todo. Modo beta para sempre. E o mundo é realmente complexo. As PESSOAS podem ser previsíveis. Mas nossas respostas podem ter outro caráter e ensinar às PESSOAS sobre o valor das novas atitudes, dos novos comportamentos.
Veja! Convencimento e persuasão - tão próprios da Comunicação funcionalista do século 20 - estão sendo naturalmente substituídos por posicionamento e respeito. E isso, sem dúvida, termina migrando e transformando processos estratégicos de atração, retenção, engajamento, fidelização e satisfação do cliente.
O alinhamento espontâneo e CONSCIENTE às propostas institucionais têm mais valor, porque são mais sustentáveis no longo prazo. Em geral, também minimizam risco jurídico inerente ao negócio. É uma forma mais civilizada de vínculo.
Planejamento & disruptura
O mundo em modo beta para sempre exige algumas atitudes. No meu caso, planejamento de tudo o que eu sei... E o que eu sei é ínfimo perto de tudo o que há para saber. Por isso, planejamento é tão importante! Ele liberta a atenção para tudo o que ainda há para saber. E eu posso criar um estado de prontidão para o novo, para a oportunidade de registrar aquilo que ainda não está nos cases, nas soluções e receitas prontas que estão por aí.
O professor Rubem Alves ensina que uma experiência só pode ser avaliada em relação ao aprendizado que ela é capaz de proporcionar. E eu estou esperando aprender muito com o trabalho que vai acontecer na próxima semana.

Conheci Wellington Campos, quando éramos alunos do professor Gil Giardelli, na 15ª turma do curso Inovadores ESPM.
Esta semana Wellington Campos foi matéria da Forbes Brasil. E o que mais me impressiona nessa história de sucesso é a naturalidade com que o artista vai criando imagens e encantando PESSOAS do mundo inteiro. Ele é fiel à sua própria mensagem. E o mundo é fiel a ele. Ele curte fazer as imagens. E o mundo compartilha dessa experiência de curtição.
Eu desconheço outra história de engajamento espontâneo tão singela, poderosa e inovadora. Wellington Campos mal usa palavras nas legendas, mas todas às fotos passam uma mensagem muito eloquente de receptividade. Ele não vende um produto diretamente... não está preocupado em colonizar a alma alheia. Mas ressignifica seus heróis. E conquista PESSOAS de todas as idades. É a experiência de atração, retenção, engajamento, fidelização e satisfação do cliente mais orgânica que eu já vi.
Aliás, escrevi sobre esses três cases aqui justamente porque para mim eles contribuem com a disruptura do olhar. Se planejamento e estado de prontidão são estratégicos, aprender a olhar o que não acomoda os olhos é outra ferramenta útil para quem pretende investigar e registrar novas possibilidades sobre atração, retenção, engajamento, fidelização e satisfação do cliente. Que venha a próxima semana!
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