domingo, 20 de julho de 2014

FELICIDADE E PLENITUDE COMO INDICADORES DE ABUNDÂNCIA

Obra de Yayoi Kusama
Ontem (sábado), a GNT apresentou o documentário Você é Feliz? (clique aqui). Assisti "por acaso e convergência", depois dedicar o dia a uma leitura que há tempos estava nos meus planos: a dra. Brené Brown, da Universidade de Huston, no livro A coragem de ser imperfeitoAs duas fontes são interessantes para uma reflexão nesta manhã de domingo cheia de sol.

Porque a felicidade sobre a qual o documentário trata e a plenitude objeto de investigação de Brené Brown exigem PRÁTICA. Você até nasce sabendo, cara pálida, mas a cultura te transforma, por meio de outros interesses que entram no jogo de ficar adulto. Portanto, para resgatar, você tem que tornar a felicidade e a plenitude uma busca consciente, por meio de atitudes cotidianas. 

Ah! O dinheiro é importante no processo. Claro! Mas é apenas uma das engrenagens que se articulam organicamente dentro de uma estrutura cinética. A complexidade! Antes do dinheiro, vem a gratidão por aquilo que se tem, a satisfação com a vida como ela é, a conexão com as PESSOAS como elas são.

Obra de Yayoi Kusama
Poliana, cai na real!

Estas considerações todas que estão chamando a atenção dos pesquisadores no mundo não são conto de fadas. Trata-se de um reposicionamento a favor do conceito de abundância que já deveria ter se propagado ao menos em sociedades mais desenvolvidas. 

Entretanto, as estruturas sociais ainda se apoiam em condicionamentos que se distanciam da felicidade e plenitude. Porque o que move - por exemplo - o consumo compulsório e compulsivo hoje é o medo da escassez

O Japão - país com a economia mais desenvolvida no planeta - sustenta os maiores indicadores de longevidade e, paradoxalmente, é o lugar onde as PESSOAS mais morrem de trabalhar no mundo. Nos Estados Unidos, os índices de poder de compra aumentaram 50 vezes nos últimos anos. Em contrapartida, os índices de satisfação e felicidade estão estáveis desde a metade do século 20. Os estudos questionam a relação dinheiro & felicidade. 

Isso me faz pensar em Programas de Educação Previdenciária e no Better Life Index da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Porque as questões de planejamento financeiro com horizonte previdenciário são os pilares estruturais dessa mudança comportamental que se pretende. Mas a poupança e o cálculo da renda são só algumas das engrenagens de toda essa história que se amplia para além dos conhecidos Programas de Preparação para a Aposentadoria e Qualidade de Vida. 

Tem um novo aprendizado que precisa ser adquirido e compartilhado e que é absolutamente subversivo - MAS COMPLEMENTARES - em relação aos modelos econômicos, políticos e sociais institucionalizados. Para mim, as redes sociais têm um papel fundamental nesse processo. Mas isso é história para outro post. 

Vou encerrar essa Conversação com uma metáfora que talvez ajude da costurar essa reflexão. Essa semana, visitei a exposição Obsessão Infinita, de Yayoi Kusama. Um dos objetivos de suas salas, obras, instalações, projeções, espelhos, reflexos, repetições, padrões, saturação é a despersonalização, a desmaterialização que terminam por revelar as redes infinitas que existem e nos conectam, apesar de nós, além das aparências, apesar das imperfeições, maior do que as certezas que imaginamos ter como fórmula acabada de experiência de vida.  Precisamos de mais consciência sobre nosso papel como transformadores de nós e do mundo.


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