sábado, 2 de agosto de 2014

JOGO DA MEMÓRIA: O VALOR DO CONHECIMENTO ACUMULADO

Era uma vez o tempo em que eu ajudei a finalizar uma dissertação e uma tese sobre bibliotecas. A primeira pesquisa, que deu origem à dissertação, tratava de humanização do relacionamento com o público. A segunda, base da tese, tratava da censura nas bibliotecas públicas. Foi essa experiência que me ensinou a entender nesses espaços o gigantesco acervo informacional, a pluralidade de perspectivas, o consenso e o contra-senso juntos, apenas como possibilidades de expressão.



Escrevo isso agora com alguma nostalgia dessa experiência. Hoje, quando estou em um espaço físico ou virtual similar a uma biblioteca, sei que aquela organização é apenas uma fachada. Se todos os livros fossem abertos simultaneamente, libertando todas as ideias impressas em papel, os espíritos dos livros revelariam uma infinita e barulhenta Babel. 

Evidente que a ordem estabelece uma ideia coerente. Mas as contradições, as incoerências criam as possibilidades e inovações para uma ideia.  Oficina do... Ah! Estou às voltas com um livro Business Model Generation - Inovação em Modelos de Negócios, de Alexander Osterwalder & Yves Pigneur. Para simplificar, vou colocar o vídeo aqui:



Contar a história

No vídeo, é fácil constatar que ele está contando histórias - técnica que também é abordada no livro como ferramenta muito eficiente para o estímulo de novas ideias mas, principalmente, para o engajamento de apoio estratégico (acionistas, parceiros) para a implementação de novas ideias.

A inovação é ambígua. Ao mesmo tempo que é a chave do tamanho para muitos problemas, também provoca muito medo, porque atua na esfera do insólito, daquilo que ainda não está consagrado, do inseguro. No vídeo, é claro, Alexander Osterwalder simplifica e reduz o processo bem complexo a um monte de post-its: a solução de todos os problemas. Qual o valor dessa ferramenta? Reunir em um só mapa os consensos e os contra-sensos.

O brilho eterno de uma mente sem lembranças

Quando o modelo de negócio se refere à Previdência Complementar, temos que considerar a pouca memória dessa experiência no Brasil. Se considerarmos como 1977 como data de referência para a oficialização dos planos, as primeiras gerações de assistidos são do final do século 20. As primeiras experiências de uso dos benefícios de complementação de aposentadoria são relativamente recentes. As iniciativas de Comunicação especializada são novas e as de Educação Previdenciária são do final da primeira década do século 21.

Eu adoro a ideia da Previdência Complementar como projeto de política pública. É potente, tem toda a característica de um serviço de utilidade pública, com dimensões de massa. Mas às vezes eu me pego pensando o quanto de nicho, de segmento é a ação desse trabalho! Talvez tenha sido a experiência de ter ido falar em Angola, talvez seja a busca de novas expressões aqui... não sei bem.

Eu continuo como sempre fui e totalmente diferente do que me conheço. Às vésperas de trabalhar para o 35º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão (clique aqui), sei que muita coisa mudou por influência de profissionais incomuns e que eu admiro sem limites. Por isso, vou aproveitar para fazer um exercício de dar brilho à memória e finalizar o post com uma lista deles porque sei, se alguma coisa vai mudar no modelo de negócios que a gente faz, é porque profissionais assim fazem esse exercício árduo de pensar soluções e idealizar o futuro.

Devanir Silva, Aparecida Pagliarini, Marisa Santoro Bravi, Ivan Sant'Ana Ernandes, Roberto Eiras Messina, Luís Ricardo Martins, Adacir Reis, José Édson da Cunha Jr., Carlos de PaulaNivaldo Cândido Oliveira Jr., Edevaldo Fernandes da Silva, Jaime Mariz de Faria Jr., Antônio Fernando Gazzoni,  José Ribeiro Pena Neto, Geraldo de Assis Souza Jr., Ana Paula Peralta, Marcos Adlich, Eloy Corazza... 

Ah! Você lembrou de um monte de gente que eu esqueci de colocar aqui? Essa é a ideia desse texto! Explicitar essa interdependência e colocar a sua memória em ação para completar o tecido dessa história que está em plena evolução.

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