terça-feira, 9 de dezembro de 2014

INTERESSE É O FUNDAMENTO DO CONHECIMENTO



Esta foto foi publicada na fan page d'Os Gêmeos, os irmãos paulistanos reconhecidos globalmente por seus trabalhos em grafiti e arte. Eu gosto dessa foto porque as três figuras que estão nelas, considerando a pintura ao fundo, fazem com que eu reflita sobre os interesses das PESSOAS em relação aos diferentes estímulos que há no mundo.

O interesse é importante porque - sem ele - não há conhecimento. E, como sabemos, o conhecimento é relacional. Portanto, depende da interação de conhecimentos comuns ou incomuns.

Podemos pensar esse processo de duas formas. Na interação entre duas PESSOAS, numa relação offline. Ou múltiplas PESSOAS, especialmente porque podemos considerar agora as conexões via internet e redes sociais. Hoje, 35% da população mundial está conectada, segundo Pierre Levy, um dos estudiosos mais proeminentes em cibercultura, tecnologia e conhecimento.

Andei escrevendo, em meu post anterior, sobre protagonismo. Pierre Levy vai além e fala em empoderamento das PESSOAS, via Comunicação e Tecnologia. E eu concordo com ele, mas acho que tudo depende do interesse. Sem interesse, você pode estar diante de livros, de gênios, de Gêmeos e você não aproveita a oportunidade de interagir. A oportunidade de transformar - você, o outro, o mundo! Você não arrisca. Você não se entusiasma.

Comunicação, contato & conexão

O prefixo não é coincidência. Co - inclusive na palavra coincidência - pressupõe a interação entre dois seres com algo em COMUM. Daí Comunicação! Comunicação é tornar uma informação comum a dois ou mais seres. Contato também é entre duas esferas. Conexão, entre dois pólos. Pegou, né, cara pálida? 
Imagem dos artistas Os Gêmeos

Hoje, afirma Pierre Levy, em razão da democratização dos meios, a limitação não é técnica. O que pode bloquear a Comunicação, o contato, a conexão é a limitação cognitiva. Mas eu não sei se estou completamente de acordo com essa percepção. Eu acho, que o que pode limitar de verdade qualquer manifestação comunicacional - independentemente da condição cognitiva do sujeito - é o interesse!

O conhecimento para emancipação

Acredito que quem - como eu - faça Educomunicação, com foco em Comunicação e Educação Previdenciária - sabe que a infraestrutura tecnológica é só um recurso para disponibilizar conteúdo especializado. O grande desafio, entretanto, ultrapassa o operacional e envolve estratégias mais complexas para despertar o interesse, para sensibilizar a atenção e estimular a atitude!

Então, não importa a ubiquidade da informação, isto é, a informação potencialmente disponível em qualquer lugar. Mas importa você criar valor legítimo para a informação compartilhada. Daí, por exemplo, o fenômeno do cantor coreano Psycom um só hit, ter quebrado o algoritmo de contagem do Youtube. Não importa se era ou não seu plano de visibilidade no mundo.

Porém - legitimada ou não a relação entre as PESSOAS e a informação - a relação existe. E quem interage com ela tem mais oportunidades de transformar a informação em conhecimento. Tem, teoricamente, mais vantagem em formar e influenciar opiniões, formar e influenciar atitudes, formar e influenciar massa crítica. Tudo é um processo e interesse, interação e emancipação, entendido como conhecimento sobre como ser e estar no mundo.

Para encerrar esse post, sugiro a leitura do pequeno texto Pierre Lévy: transparência é a nova subjetividade e à palestra que o SENAC produziu com o pensador. É uma estratégia de investimento relevante na composição da política individual de formação de capital em Conhecimento. 



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