sexta-feira, 27 de março de 2015

MUDANÇAS: NINGUÉM FOGE DELAS

Nem sempre é simples entender o impacto das políticas públicas de gestão no dia a dia do cidadão.
Em razão da estabilidade econômica, alguns fenômenos sociais que se manifestaram até 2014, agora dão lugar a outros comportamentos.

O primeiro: a geração nem-nem - de jovens até 25 anos que não trabalhavam nem estudavam porque eram mantidos pelos pais está sofrendo o impacto da crise econômica nacional. O orçamento familiar está no limite e, para dar continuidade a projetos pessoais, é necessário encarar o mercado de trabalho.

A diferença dessas gerações para as antecedentes é o despreparo. Na década de 1980, aos 25 anos muitos jovens não tinham diploma, mas já acumulavam alguma experiência técnica, adquirida em diferentes oportunidades. Hoje, o jovem tem diploma - o que nem sempre significa ter desenvolvido alguma competência ou habilidade que qualifique sua prestação de serviços - mas ainda precisa evoluir técnica e emocionalmente. Para saber mais sobre essa análise de perfil, clique aqui.

Se, nas décadas de 1980, 1990 o mercado inflou o ego e supervalorizou os jovens para compensar os baixos salários, mascarar a demissão sumária de profissionais mais experientes, hoje parece que a situação não é mais tão desse jeito. Há prós e contras nessa relação institucional intergeracional. Mas o mercado de trabalho está mais sensível aos valores desenvolvidos pela geração veterana.

O segundo: as mulheres que abandonaram carreiras porque financeiramente os custos para assumir uma gravidez, os cuidados da família compensavam essa decisão, agora precisam voltar ao mercado de trabalho por uma só razão: os maridos também estão enfrentando o desemprego. E o custo da vida doméstica está muito mais alto (clique aqui).

Tudo tem seu tempo e valor

Em abril, a Rede Globo vai colocar no ar a minissérie Os Experientes, dirigida por Fernando Meirelles. Uma das propostas deste trabalho é mostrar o que a sociedade até então insistiu em desconsiderar e não legitimar: "Talvez, justamente, pela falta de uma visão mais experiente, temos optado muitas vezes por caminhos tolos e infantis. A série lembra que, por trás daquelas rugas, há sabedoria e vida". A explicação é do diretor. A série vai abordar temas como reviver o passado, amizade, reencontro, amor, fragilidade e violência na terceira idade (clique aqui)

A emissora, que também está comemorando 50 anos de história e se propôs a incluir esse tipo de pauta na programação sugere uma reflexão importante: as demais instituições também precisam estar sensíveis sobre a mudança social que estamos vivendo. Não é só o mercado de trabalho. A longevidade coloca a vida em perspectiva. É a humanidade que está mudando.

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