quinta-feira, 21 de maio de 2015

ENGENHARIA GENÉTICA É RISCO PARA PLANOS PREVIDENCIÁRIOS?


Vamos discutir novela? Sou brasileira e noveleira e não tenho o menor problema com isso. Então, eu queria mais ou menos reproduzir aqui uma CONVERSAÇÃO que, esta semana, eu tive com os professores Nivaldo Cândido Oliveira Júnior e André Massaro. Sei que eles são referência no mercado financeiro e previdenciário e sei também que fui meio abusada de querer falar com eles sobre novela. Mas era minha oportunidade de entender melhor o que está causando para as minhas ideias, no momento.

A novela Sete Vidas, da Rede Globo, tem como tema a engenharia genética que, desde 1970, tem permitido a pais e mães constituírem suas famílias sem recorrerem à adoção. Os pais recorrem a um banco de sêmen e - pelo perfil do doador anônimo- planejam e escolhem as características dos filhos.

Existem protocolos para proteger a identidade do doador. Mas, em tempos de rede e na vida real, os filhos biológicos têm criado recursos para descobrir quem são os irmãos genéticos e o pai doador. Nestes casos, o pai genético - de repente - pode descobrir até 150 filhos. Isso está acontecendo nos Estados Unidos.

Minha pergunta: isso é um risco de que gênero para a Previdência Complementar? Claro que é um extremo. Claro que na documentação vai constar nome de pai e mãe que conceberam as crianças. E os 150 filhos não vão impactar o contrato previdenciário. 

Mas, já que estamos no terreno da divagação, o professor Nivaldo Cândido Oliveira Júnior sugere que talvez devam ser incluídas cláusulas preventivas no contrato de adesão. Uma ideia para advogados e atuários de plantão!

Edição genética

André Massaro avançou na discussão e contou que na China - país da pirataria e da clonagem -  já é possível fazer edição genética em humanos. Isso significa planejar e escolher e mixar características do filho que será gerado.  E aí surge uma outra pergunta: de quantos pais essa criança será filha?

É bom lembrar que a esse quadro mais complexo de novas constelações familiares do século 21 soma-se o fato de aumento da expectativa de vida e da longevidade de todos os humanos.

É por isso que eu acho que precisamos aposentar a palavra APOSENTADORIA. É certo, como aponta a edição 2015 da pesquisa O futuro da aposentadoria, feita pelo HSBC que haverá um período de transição, pelo menos no Brasil. Aqui, os mais jovens querem uma semi-aposentadoria: redução do ritmo de trabalho antes da parada definitiva (clique aqui).

As questões são:  a desaceleração vai impactar nos rendimentos? E no planejamento previdenciário? 

André Massaro diz que são raros os problemas financeiros. Porque os problemas financeiros se resolve com dinheiro. Você paga a dívida e está resolvido o caso. Mas os problemas comportamentais envolvendo dinheiro são incontáveis e só podem ser resolvidos com novas atitudes.

É bom ficar atento! O futuro já é. Atinge todo mundo e vai muito além de robôs, banco de dados e Comunicação em rede.

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