segunda-feira, 18 de maio de 2015

ECONOMIA DA ABUNDÂNCIA: O TEMA CAIU NA REDE!


Eu já escrevi sobre a Abundância aqui no CONVERSAÇÃO. Faz algum tempo. Na época, eu estava muito influenciada pela leitura de Peter Diamandis, em Abundância - o futuro é melhor do que você imagina (clique aqui). O livro foi lançado em 2012. Agora, para minha surpresa, alguns dos estudiosos que eu mais gosto de acompanhar passaram a incluir o tema em suas produções presenciais ou em rede.

Exemplo? Essa perspectiva da Economia, baseada em tecnologia, estava presente na palestra que vi de Gil Giardelli, na semana passada. A ordem é: primeiro analfabetismo digital e desemprego digital. Os robôs estarão à frente de muitas, muitas, muitas atividades que hoje são desempenhadas por seres humanos. 

Em alguns lugares, por enquanto, a mudança ainda está na retórica. As empresas e os governos dizem que a sociedade precisa adotar novos hábitos. Mas até mesmo o Jotalhão, personagem do Maurício de Sousa, voltou a vender extrato de tomate na televisão. O Jotalhão já era mascote na minha infância e eu estou à beira dos 50 anos de idade! A indústria oferece ainda extrato de tomate e a gente consome.

Mas, a parte boa da história é que as máquinas serão mais inteligentes e podem reconfigurar questões que hoje são a bola da vez: crise hídrica, crise energética. Só essas duas, já reposicionam o eixo terrestre, certo? Porque toda a matriz produtiva terá de mudar. Einstein já dizia que era loucura querer mudar, fazendo os mesmos processos.

Os processos fundamentais é que vão mudar. Quando eles mudarem, os processos satélites também mudam. E o fluxo do capital é que vai determinar a velocidade dessa mudança. É isso que mostra o artigo de André Massaro: Os desafios de uma economia de abundância (clique aqui). Graças a Deus, agora o tema está também nas redes sociais! Este aqui, na timeline do autor. E é bom mesmo que a Abundância saia dos livros e navegue nas redes. Porque a democratização das ideias é a base da democratização do poder. Eu não tenho dúvida disso!

A tecnologia que está na vitrine desse processo é só a ponta do iceberg da mudança. O que mais deverá mobilizar a sociedade global deverá ser a democratização do acesso à infraestrutura, bens e serviços proporcionados pelas máquinas. Teremos quer ter mais consciência política e prática cidadã do que nunca. A exemplo do que se cogitava quando a grande mudança era a Globalização do Capital, a inclusão e a exclusão social vêm meio que a reboque desses processos organizadores do mundo. 

Programação e Comunicação

Pela perspectiva da Comunicação, o recado desses estudiosos das macrotendências é claro: a informação já é um bem gratuito. Sem conexões relevantes, é um bem inútil. Portanto, há que se estabelecer Comunicação por meio dessas conexões de valor.

O ser humano, evidentemente, é o umbigo que concentra e para o qual convergem todas essas ondas evolutivas. Ganha vantagem comunicacional quem souber dialogar com a máquina, via programação. Ganha vantagem comunicacional quem souber se apropriar dos dados e criar interpretações novas, significados novos para o universo ao redor. Geolocalização, algoritmos que definem perfis demográfico, perfis de consumo, perfis comportamentais serão novos mapas para a eficiência mínima da Comunicação.


Sobre esse tema, já andei dando dicas aqui das leituras da Martha Gabriel (clique aqui). Mas, para quem quiser um jogo mais rápido, sugiro uma espiada no artigo Seu cartão sabe tudo. Segundo os autores - Bruno Garattoni e Mariana Delfini - você pode não saber a data do seu divórcio, mas seu cartão de crédito sabe e com dois anos de antecedência. E mais:
"E ele sabe muito sobre você: que a sua comida preferida é a japonesa e, mais que isso, que você costuma frequentar mais as temakerias de determinado bairro. Que a sua família provavelmente acaba de comprar um animal de estimação - por causa das visitas frequentes a pet shops. Que sua irmã, prima, amiga ou até você mesma vai se casar - pelos gastos crescentes em floricultura, igreja, bufês, loja de vestidos. Que você está usando óculos, por causa das contas em oftalmologistas e óticas. É um grande estudo psicológico ou sociológico sobre a população - baseado apenas em dados". (clique aqui).
Para finalizar, quero reafirmar minha admiração incontida, desmedida pelos visionários! Ousados, eles antecipam o mundo para nós e pagam o risco de imagem. Porque a maioria rotula de louco aquilo que insiste em ignorar.

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