sexta-feira, 11 de maio de 2012


AS MINAS ME INS-PIRAM

Mas é claro que esse título é só para você cair na minha teia e continuar a seguir a trilha da minha história! Das Minas Gerais, pessoas excelentes, com ideias e sugestões maravilhosas são inspiração para meus causos mais excêntricos. Por exemplo: já faz tempo que uma questão me incomoda:


COMO DAR UMA EXPERIÊNCIA DE USO PARA UM INTERESSADO EM TER UM PLANO DE PREVIDÊNCIA?


Ahhhh! Não é fácil. Aliás, se pensar bem, vai ver que existem aspectos bastante mórbidos para essa pergunta. Mas comprar carro também tem, assim como comprar anel de diamante também tem. Só que ninguém fala nisso, pois não?


Quando você vai comprar um carro, você pode fazer o test drive. Custa caro, se você for financiar, os juros são extorsivos. Depois tem a documentação, seguro, tributos, trânsito, motoqueiro, poluição, multa, estacionamento... alguém reclama? Não! O imaginário - do status, conforto, felicidade, etc, etc - supera qualquer outro atributo negativo que todo produto seguramente tem. A seus olhos, entretanto, o carro que você escolheu, qualquer que seja ele, será simplesmente o máximo!


Quando você vai comprar um anel de diamante, você pode experimentar. Custa caro, se você for financiar, além de juros, não pega bem para a sua imagem, pode ser roubado, vai ter sempre a suspeita de trabalho escravo e mãos decepadas na África embutidas no preço, possíveis gatunos em todas as esquinas.... alguém reclama? Não! O imaginário - do glamour, luxo, exclusividade, etc, etc - supera qualquer outro atributo negativo que todo produto seguramente tem. A seus olhos, entretanto, o anel que você escolheu, qualquer que seja ele, será simplesmente a expressão da perfeição.


Então, volto à minha indagação: como dar uma experiência de uso para um interessado em ter um plano de previdência complementar?


Veja, não se trata de explicar para o cliente o funcionamento do plano. Não é aula, apelo para a razão e a lógica do cliente. É emoção, experiência sensória sobre a qual eu estou falando. Você vai ter que lidar com aspectos positivos dessa proposta, porque estão fora de cogitação argumentos ultrapassados como: impacto da idade sobre a saúde (as pessoas estão cada vez mais fortes e resistentes, graças à Medicina), desamparo social e familiar, proteção dos beneficiários (as pessoas têm estatisticamente cada vez menos filhos). 


Eu sei. A resposta não é fácil, mas ela existe e passa por todos esses conceitos. Pelo menos para mim, existe uma resposta que há algum tempo, eu alimento. Até para mim ela pareceu louca mas, que mal tem um louco a mais no planeta, não é mesmo?


Louco até que alguém diga que pode ser viável


Eu compartilhei esse questionamento com Rosana e Márcia Rocha, da SENTIRE, empresa que realiza diferentes projetos na área de pesquisa de mercado. Elas então me falaram que o que eu queria até que não era tão fora da realidade assim. Afinal a Bombril, há pouco tempo, tinha lançado a Casa Bombril que, além de demonstração, também EDUCAVA as interessadas sobre as propriedades e o uso racional de produtos de limpeza doméstica. Existem outras empresas que desenvolvem esses espaços para apresentarem o conceito da marca e produtos. A Natura, a Viver, Casa e Gourmet (Arno, Panex, T-fal) são outras referências.


E o que tudo isso tem a ver com experiência de uso de plano de Previdência Complementar e Minas Gerais? Ontem, na volta para São Paulo, aquela correria de embarque,  estava falando sobre Educação Previdenciária com Enéas Bayão (OABPrev/MG) e expliquei essa ideia. Como resposta, ele me disse: procure pela internet Instituto Inhotim. Eu ignorava completamente essa informação e fui pesquisar. Encontrei, além das informações todas e, dentro do instituto, um Viveiro Educador, que é onde as pessoas aprendem - por meio de conversas, reflexões e diálogos -  e entram em contato com "uma interessante coleção de plantas jurássicas que exemplifica os grupos que dominavam a Terra no período Jurássico, compreendido aproximadamente entre 206 a 144 milhões de anos".

Wooow! Então, o que é para nós, profissionais de Previdência Complementar, mostrar o que acontece em cem anos, de forma natural e otimista? Bom, só para começar, eu penso em salas com redes, livros de fotos com pessoas de todas as idades e tipos, em todas as circunstâncias da vida, com autonomia e felicidade. Eu penso, como vi no Instituto Tomie Otake, espaços com muitas samambaias para que as pessoas possam, em silêncio, experimentar o que é autonomia para cuidar de outros seres. Ou ouvir música enquanto navegam pela internet e descobrem um passeio turístico atraente. Eu gostaria que esse espaço provocasse vontade de construir futuro de várias maneiras. Então poderia ter jogos com muitas possibilidades de respostas, porque cada um faz a vida de um jeito. Um calidoscópio para as pessoas experimentarem formas diferentes de ver. Então poderia ter filmes com depoimentos de pessoas que já adotaram a Previdência e a Segurança como estilo de vida. Um conceito que, por afinidade, está associado a práticas de sustentabilidade da vida, inteligência financeira, empreendedorismo, realização, consciência social e qualidade de vida.


Não, eu não enlouqueci! Só acho que as EFPC, EAPC, SESC, FIESP, SENAC, SPPC precisam começar a pensar em meios de viabilizar essa experiência de uso de planos de previdência complementar para as pessoas entenderem melhor, sonharem e DESEJAREM os nossos serviços de verdade. Ah! Mas, então, você não vai fazer nada até que o Espaço Previdência esteja materializado? Nada disso, cara pálida! Você pode, desde já, mudar a qualidade do seu discurso e se superar no diálogo e no compartilhamento do repertório que você domina. Presta atenção nesta matéria (clique aqui) e veja se, nesta sala de aula muito convencional, as pessoas estão ou não aprendendo como se constrói e se sonha com um futuro melhor.

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