terça-feira, 5 de junho de 2012

CONFIANÇA DE WAGNER MOURA, LEGIÃO, MTV E FÃS

Correr risco é para quem tem confiança de que está entregando o seu melhor. A MTV certamente conhecia todos os riscos quando planejou o Tributo ao Legião Urbana, uma banda com 30 anos de história e fãs de todas as idades. Portanto, uma aventura com riscos calculados e muita responsabilidade para todos os envolvidos.

Wagner Moura é ator. E de tudo o que foi mostrado, em nenhum momento foi indiferente às suas reais possibilidades de apresentar resultados. Por mais que ele se aperfeiçoe na técnica do canto, nunca será Renato Russo. 

A partitura pode ser a mesma. Mas a execução permite e pede pluralidade. Em comunicação, existem drivers, guides, estilos. O Wagner Moura teve confiança para fazer o que ele sabia de melhor: mobilizar, pilhar a platéia e curtir adoidado a oportunidade de viver o trabalho construído por uma lenda. Fico pensando em quantos já se aventuraram e até conseguiram peripécias aproximadas, por exemplo, às de Freedie Mercury no Queen. Só que Renato e Freddie continuam sendo únicos. 

O Wagner também é único em confiança, porque precisa de muita para encarar oito mil pessoas e dar o recado, sem ser confundido com os personagens da própria carreira. Cantar no cinema é outra história. Tem edição de vídeo, os demais atores, o diretor. Em um show a história se faz à queima roupa. Todos sabem disso. E o Wagner não pediu para sair, por exemplo, quando a platéia mandou melhor do que ele a letra completa de Faroeste caboclo! Entregou o seu melhor. Foi autêntico, verdadeiro, inteiro.

Nas cenas e entrevistas de bastidores, Wagner Moura - a respeito de correr riscos - afirmou ter sido essa a razão de ter escolhido a profissão de artistas. E poder realizar projetos inovadores e significativos porque, é fato, ele poderia - para sempre - fazer o papel de galã, não é mesmo?  


A confiança e a satisfação do público são outro aspecto dessa história que fascina e, ao mesmo tempo, chega a arrepiar. Imagina - numa hipótese remota, crítica, de resultado adverso - oito mil insatisfeitos e detratores. Como administrar uma crise de imagem profissional e institucional dessa magnitude? Nem um exército de comunicadores! Mas o final real desse empreendimento de sucesso é de todos felizes para sempre!

Resolvi usar esse argumento neste post porque acho esse é o recurso mais próximo para atualizar e ilustrar os conceitos que tenho compartilhado e aprendido com Jeffrey Gitomer, em O livro azul da confiança. Melhor que escrever e comentar, é assistir à performance que a MTV promoveu.


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