O documento O que o treinamento na Holanda mostrou, publicado pelo Diário dos Fundos de Pensão desta segunda-feira, tem diversos aspectos técnicos em relação aos desafios da gestão em cenários econômicos de grandes mudanças. Cabe, entretanto, ressaltar que:
1. Idade mínima para aposentadoria é de 65 anos (maior, portanto, do que no Brasil) e deverá ser elevada para 66 e 67 anos. Na Europa, França e Itália também aumentaram a idade mínima, como reflexo do aumento da expectativa de vida do trabalhador. Viver mais exige mais contribuição para a formação de reserva financeira para a aposentadoria.
2. Formação continuada de profissionais e conselheiros que atuam em fundos de pensão, bem como o rigoroso processo de certificação. A vantagem é que os participantes confiam no funcionamento do Sistema. A relação qualificada de fidúcia é um diferencial.
3. Os holandeses, diferentemente das tendências de investimentos, estão fixando taxas de juros, para proteger os planos da volatilidade de mercado.
Comunicação e educação previdenciária
Claro! Esses processos subsidiam um comportamento favorável do participante em relação às EFPC. Mas não é só o participante e o profissional do Sistema que têm essa disposição. Afirma o documento:
"Os sindicatos dos trabalhadores são muito mais adeptos da negociação do que do confronto. [...] Os sindicatos são grandes protagonistas do processo. Ajudam na educação previdenciária de seus filiados, contribuindo assim para a ampliação da cobertura por parte da previdência complementar".
Outro aspecto importante diz respeito ao orçamento de comunicação.
"Dentre os custos administrativos, os gastos com comunicação e transparência pesam mais".
Os holandeses, certamente, devem destinar um valor considerável de seus orçamentos para as duas matérias: relacionamento com os públicos de interesse e prestação de contas. Entretanto, é impossível considerar esses itens como "gasto", porque não é sem motivo que os holandeses, em contrapartida, festejam:
"É impressionante a não judicialização, verificando-se um grande respeito pelo contrato previdenciário''.
Isso quer dizer que investir em comunicação, relacionamento e educação previdenciária diminui os riscos jurídicos e a conta do advogado. Mas é só isso? Claro que não! Aumenta o coeficiente de confiança, aumenta a imagem do Sistema, aumenta a massa crítica. Previdência complementar é entendida pela população como proteção ao trabalhador.
"A população acredita (confia) no sistema e, embora este seja visto de certo como caro, existe a percepção de que o retorno social é efetivo".
Para ler o documento na íntegra, clique aqui.
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