terça-feira, 31 de julho de 2012

CONTAR HISTÓRIA: UM DESAFIO DA COMUNICAÇÃO


Em entrevista à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), Stefano Rolandoprofessor de Teoria e Técnicas da Comunicação Pública da Universidade IULM de Milão, reafirma o que o professor Gil Giardelli, da Escola Superior de Propaganda e Marketing, tem ensinado no Brasil: nas narrativas empresariais do amanhã serão feitas de histórias bem contadas. A expressão técnica para isso é storytelling.


Para isso, é preciso reconhecer três grandes responsabilidades interdependentes: para com a diversidade envolvida no contexto histórico e complexidade étnica; para com a complexidade social interna, que envolve a legitimação e a coerência da expressão individual; 
para com o contexto global, diante do qual há que se reafirmar os próprios valores frente aos conflitos e críticas, apresentando propostas de solução.


A orientação vale de forma generalizada porque o conceito prevalece em escala micro ou macroscópica: individual, coletiva, institucional, social. E trabalhar no campo da Comunicação é, necessariamente, atuar politicamente. Isso fica muito evidente nas declarações de Stefano Rolando que, em muitos aspectos, lembra o conceito de Social Goods, defendido por Gil Giardelli.


Educação Financeira e Previdenciária


Para os profissionais de Previdência Complementar - indistintamente - mas especialmente os comunicadores, os professores estão mostrando que a fábula da Formiga e da Cigarra, proposta por Esopo terá que ser reinventada e recontada incontáveis vezes, até que se forme uma consciência e se desencadeie uma atitude previdenciária entre as pessoas. Rolando, por sua experiência incontestável com Comunicação na área pública, ainda faz uma análise muito criteriosa do fluxo de informações ao qual a sociedade se expõe e adverte:


"Mas os operadores públicos devem sempre se lembrar de que em nossos países o analfabetismo de retorno é crescente. A maioria da população - mesmo tendo um diploma de estudo - não consegue mais ler a primeira página dos jornais e não entende a maior parte das palavras que circulam na política e na economia".
Não dá mais para continuar ignorando a conexão entre qualidade de pensamento e produção de riqueza! Esse é um posicionamento imprescindível para as narrativas da Previdência Complementar. A proteção social é uma marca inconfundível do trabalho que realizamos. Por isso, tamanho significado das palavras de Stefano Rolando para fechar este post:


"Ora, a comunicação pública por um lado é uma 'porta' a serviço do cidadão. Por outro lado ela é um storytelling nacional e internacional destinado a melhorar os processos de identidade, de solidariedade e de competitividade. Eu acredito que no Brasil há todos os recursos básicos - nas empresas, nas instituições, nas mídias, entre os criadores – para criar um espírito de 'comunicação pública' que sustente este novo papel do Brasil, interna e externamente. O tempo é curto e para estes objetivos não basta mais usar a 'resistência' da velha e doce imagem do país irresponsável que dança, brinca o carnaval e joga bola". 


Para ler a entrevista completa de Stefano Rolando, feita pela ABERJE, clique aqui

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