quarta-feira, 4 de julho de 2012

NÚMEROS DÃO LEGITIMIDADE À EXPRESSÃO  


No livro Conversa com historiadores brasileiros, a professora Emília Viotti da Costa faz a seguinte advertência: escolha o tema da sua pesquisa melhor do que o seu marido ou esposa. Porque do marido ou esposa você pode se divorciar. O tema de pesquisa vai acompanhar você para sempre.


Pode parecer prosaico, mas é a pura verdade. O meu interesse por indicadores quantitativos deve ter começado quando eu fiz uma especialização em Gestão de Processos de Comunicação (ECA/USP) em 1997. Em razão de uma divergência em relação aos resultados de um processo metodológico - os números apurados contradisseram as minhas hipóteses iniciais - resolvi desenvolver essas limitações pessoais em um curso de mestrado em Ciências da Comunicação (ECA/USP) que teve uma conclusão muito bem sucedida em 2002.


Educação Previdenciária


Fiz essa digressão para contextualizar um fato que, desde 2008 monopoliza minha atenção sobre os movimentos da Educação Previdenciária no Brasil. Em 2010, vi um documento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), explicando a importância de se mensurar o impacto das ações e projetos de educação financeira e previdenciária, bem como o desenvolvimento de políticas públicas com esse mesmo enfoque.  


A principal razão: países com maiores índices de Educação Financeira e Previdenciária são mais atraentes para o investidor estrangeiro, porque essa cultura especializada significa uma conduta financeira consciente da população. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o trabalhador  mais produtivo mantém suas finanças em dia. Trabalhador com saldo no vermelho não rende.


Educação Financeira e Previdenciária associada a saúde, Políticas de Recursos Humanos e desenvolvimento econômico! Nada disso é novo. Porém os indicadores serão. O avanço desse passo será complexo porque a direção é simultânea para os domínios da qualidade (intangível) e da quantidade (tangível). Isso quer dizer uma reconfiguração do mapa geopolítico e socioeconômico mundial!


Trata-se de um movimento irreversível de expressão de um grande trabalho de natureza híbrida: social e econômica. A mobilização que será feita para a definição desses indicadores certamente envolverá uma equipe multidisciplinar e interdependente, porque essa demanda exige uma percepção abrangente sobre um desafio comum. Por isso, quero deixar aqui o destaque para o depoimento do professor Gil Giardelli sobre o tema à TV Endeavor (aos 34'30"). Vale cada minuto investido no autodidatismo ou, como ensina o professor, no conhecimento sem intermediários!



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