quarta-feira, 15 de agosto de 2012

EU PRESTO ATENÇÃO NO QUE ELES DIZEM 
MAS ELES NÃO DIZEM NADA

Pensar Educação Financeira e Previdenciária em massa obriga reconhecer algumas grandezas que os Indicadores registram. É complicado ser otimista diante de números tão assimétricos, para ser elegante na qualificação.

Números no Brasil

3º lugar em pior distribuição de renda (clique aqui)
8º lugar em economia global
46º lugar em competitividade mundial (clique aqui)
72º lugar em inclusão digital (clique aqui)
84º lugar em desenvolvimento humano (clique aqui)
88º lugar em educação (clique aqui)

O que a gente pode fazer diante desse quadro constrangedor?

Querer mais! Não tem alternativa, não tem opção. Tem que olhar, ler e reconhecer que algumas decisões até agora não deram resultado e que, enquanto não puder ser uma atitude coletiva, no mínimo tem que ser um posicionamento individual a favor da qualidade.

Políticas de Gestão de Pessoas

Depois de ter se posicionado, é bom começar a pensar como multiplicar esse exercício de reivindicação por excelência. O seu ambiente de trabalho é um bom lugar, porque envolve outras pessoas. A sua família é um bom lugar, porque certamente tem crianças, jovens e adultos que frequentam a escolas e igrejas. O formador de opinião influencia as pessoas. Não se trata de convencimento a força. Trata-se  de criar oportunidade para a lucidez, a atitude cidadã.

Quem, como eu, trabalha na área de capacitação técnica, sistematicamente, testemunha demonstrações de desprezo e pouco caso pela Educação, pelas oportunidades de crescimento. 

Reflexo de uma economia regida pelo mercado,  no modelo de Educação praticado hoje em países como o Brasil, professores e alunos criticam-se e acusam-se mutuamente. E desperdiçam um tempo precioso. Existe modelo melhor? Difícil dizer, porque a cultura comportamental é um fator intangível que determina resultados tangíveis. Mas é possível apontar um modelo que está funcionando no mundo.


No ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), medido pela  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Finlândia é a terceira colocada. Segundo Pasi Sahlberg, diretor de um centro de estudos do Ministério da Educação daquele país, "não existe fórmula mágica [...]. Ensinar deve ser uma profissão inspiradora com um grande propósito de fazer a diferença na vida dos jovens. Infelizmente, esses princípios básicos deram lugar a políticas regidas pelo mercado em vários países. Essa lógica de testar estudantes e professores direcionou os currículos e aumentou o tédio em milhões de sala de aula. A fórmula para uma reforma da Educação em muitos países é parar de fazer essas coisas sem sentido e entender o que é importante na Educação". (clique aqui e leia a entrevista completa)

Criação de valores, produção de sentido, busca de significado. As políticas regidas pelo mercado apartaram da Educação o imaginário, o universo intangível que hoje causa estranhamento entre as pessoas que buscam - mas não reconhecem e não legitimam - as razões para uma Educação libertária, emancipatória. Enquanto isso não muda, protagonizamos - sem entender muito bem - o significado do ranking dos horrores globais.

2 comentários:

  1. Parabéns minha querida escriba. Vou reproduzir este texto no Lendo a Mídia e encaminhar para meus alunos da Universidade. Beijos, Nivaldo.

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    1. Caríssimo,

      sua aprovação é sempre um incentivo para eu continuar escrevendo. Esta semana eu ando meio brava com as demandas, os desafios, os resultados. Mas esses altos e baixo, pessimismo e otimismo, instabilidades são sintomas de quem está vivo e atento aos movimentos do mundo. Beijos!

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