domingo, 26 de agosto de 2012

INDIVIDUAL E COLETIVO SÃO INTERDEPENDENTES


Prometi que voltaria de Porto Alegre com novas histórias? Pois é! Ter a oportunidade de aprender sempre é um privilégio que eu tenho... Mas está  ao alcance de todos. Basta treinar olhos e ouvidos para selecionar e capturar o momento mais bonito, relevante, significativo.  Essa presença favorece muito um repertório diversificado e valioso.

Luís Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, ensinava em uma de suas canções mais bonitas: "E aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas". Gonzaguinha foi lembrado em Porto Alegre, para aproximar as pessoas de um assunto bastante árido: a face jurídica da Previdência Complementar.

Tudo o que eu vi posso resumir em um dilema ancestral: o nível de consciência entre o indivíduo e o coletivo. Porque desse nível depende toda a qualidade do que se pode fazer para que um Sistema baseado no mutualismo evolua. Enquanto a qualidade desse nível de consciência não for adequada, incontáveis instrumentos precisam ser criados para evitar riscos e proteger o coletivo das ações que favorecem apenas o indivíduo.

Se o homem aprendesse com as abelhas, talvez todos esses mecanismos de proteção do patrimônio, dos direitos, dos deveres seriam desnecessários. Mas o homem tem outra natureza. Talvez por isso mesmo tenha chegado ao topo da cadeia alimentar. Ao topo da cadeia intelectual. E agora precisa atingir o topo da cadeia da prática dos princípios morais.

Não, isso não é uma proposta utópica. É uma constatação sobre a necessidade de buscar um modelo de vida sustentável e mais equilibrada para toda a sociedade. Penso que a determinação divina: "Crescei e multiplicai-vos!" precisa ser revista. O crescimento descontrolado é uma patologia. Por isso, as ideias de indivíduo e patrimônio - reflexos próprios do sistema capitalista - têm que ser reinterpretadas por meio da noção de interdependência com o coletivo. Afinal, estamos em um Sistema. Isso significa que toda ação provoca uma reação em cadeia.

Acredito que não há mecanismo jurídico suficiente conter ações individuais com ambições equivocadas que, isoladas, têm poder potencial para inviabilizar a proteção social da coletividade. O Sistema não é frágil, mas é vulnerável e se ressente de atitudes sem ética. Penso que a autorregulação individual dependa da qualidade de consciência sobre o coletivo, sobre a interdependência fisiológica entre indivíduo e coletivo.

Por isso,os instrumentos jurídicos todos que estão em análise e discussão ficam fortalecidos se a consciência coletiva for fortalecida por meio da Educação Previdenciária. Não há como ignorar os efeitos reais dessa essa força pedagógica e construtiva. A Fundação ELETROCEEE já mostrou os resultados com a campanha "Gol Contra!". Olhos para ver e ouvidos para ouvir. Finalizo esse post, é claro, com a lição de Gonzaguinha:
"É tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. É tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho, por mais que se pense estar. É tão bonito quando a gente pisa firme nestas linhas que estão nas palmas de nossas mãos. É tão bonito quando a gente vai à vida nos caminhos onde bate bem mais forte o coração".

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