Prometi que voltaria de Porto Alegre com novas histórias? Pois é! Ter a oportunidade de aprender sempre é um privilégio que eu tenho... Mas está ao alcance de todos. Basta treinar olhos e ouvidos para selecionar e capturar o momento mais bonito, relevante, significativo. Essa presença favorece muito um repertório diversificado e valioso.
Luís Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha, ensinava em uma de suas canções mais bonitas: "E aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas". Gonzaguinha foi lembrado em Porto Alegre, para aproximar as pessoas de um assunto bastante árido: a face jurídica da Previdência Complementar.
Tudo o que eu vi posso resumir em um dilema ancestral: o nível de consciência entre o indivíduo e o coletivo. Porque desse nível depende toda a qualidade do que se pode fazer para que um Sistema baseado no mutualismo evolua. Enquanto a qualidade desse nível de consciência não for adequada, incontáveis instrumentos precisam ser criados para evitar riscos e proteger o coletivo das ações que favorecem apenas o indivíduo.
Se o homem aprendesse com as abelhas, talvez todos esses mecanismos de proteção do patrimônio, dos direitos, dos deveres seriam desnecessários. Mas o homem tem outra natureza. Talvez por isso mesmo tenha chegado ao topo da cadeia alimentar. Ao topo da cadeia intelectual. E agora precisa atingir o topo da cadeia da prática dos princípios morais.

Acredito que não há mecanismo jurídico suficiente conter ações individuais com ambições equivocadas que, isoladas, têm poder potencial para inviabilizar a proteção social da coletividade. O Sistema não é frágil, mas é vulnerável e se ressente de atitudes sem ética. Penso que a autorregulação individual dependa da qualidade de consciência sobre o coletivo, sobre a interdependência fisiológica entre indivíduo e coletivo.
Por isso,os instrumentos jurídicos todos que estão em análise e discussão ficam fortalecidos se a consciência coletiva for fortalecida por meio da Educação Previdenciária. Não há como ignorar os efeitos reais dessa essa força pedagógica e construtiva. A Fundação ELETROCEEE já mostrou os resultados com a campanha "Gol Contra!". Olhos para ver e ouvidos para ouvir. Finalizo esse post, é claro, com a lição de Gonzaguinha:
"É tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. É tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho, por mais que se pense estar. É tão bonito quando a gente pisa firme nestas linhas que estão nas palmas de nossas mãos. É tão bonito quando a gente vai à vida nos caminhos onde bate bem mais forte o coração".
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