O conceito de Previdência é elástico, porém um só: proteção. Se colocar esse conceito numa perspectiva de tempo, ele se amplia: hoje e sempre. Se a perspectiva for de escala: individual, coletivo e social.
O exercício de estabelecer sentidos para Previdência é importante para que o imaginário - gradualmente - vá substituindo a prática mal acabada e distorcida que a Previdência teve durante sua história, por uma versão atualizada, mais consciente e responsável que a Previdência tem que assumir junto à sociedade.
Produtividade e sustentabilidade do poder de compra
O tema é controverso. Há quem defenda a ideia de salário direto em oposição às contribuições previdenciárias. É uma possibilidade, desde que o salário direto venha associado a um planejamento e a uma disciplina séria para constituir um patrimônio pessoal, composto por bens tangíveis e intangíveis, como a dignidade e a cidadania durante todas as etapas da vida, inclusive a aposentadoria.
Na Holanda, onde a Previdência Básica e a Previdência Complementar são obrigatórias, os trabalhadores entendem as contribuições como uma autoproteção contra o consumo. E é preciso entender ainda que trabalhador com saúde financeira produz mais. Por isso, tanto empregadores quanto sindicatos defendem e aprimoram o modelo de Previdência Complementar naquele país, cuja qualidade de vida tem um padrão bastante diferenciado.
"Comprar é mais barato do que um psiquiatra", diz o recado na parede. Mas o consumo compulsivo também é patologia reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Equilíbrio é a palavra de ordem em Previdência! Com uma ressalva, na prática:
- Quanto mais trabalhador contribuindo, melhor!
- Quanto mais empregadores oferecendo e incentivando, melhor!
- Quanto mais o Governo estimulando, melhor!
- Quanto mais o cidadão entendendo, melhor!
Uma pulsação que precisa ser ampliada para um movimento de expansão da consciência e da proteção micro e macro socioeconômica. E todos ganham uma vida melhor!
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