quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PESSOAS QUE ENSINAM E FAZEM O MUNDO MELHOR
"Pouco a pouco, tornamo-nos protagonistas do tempo da substituição da era industrial, da economia de produção, pela era do conhecimento coletivo. É o fim do mundo compartimentado em departamentos, delimitado por fronteiras, raças e credos, e o início de uma fase das ideias globais. Sai a economia a vapor e entra a economia da reputação". (Gil Giardelli, in Você é o que você compartilha).
Entre uma reunião e o caminho de volta para casa, parei na livraria. Queria ter ido ao lançamento do livro, mas não estava em São Paulo. Comecei a ler Você é o que você compartilha. E, cada vez mais, a provocação do professor Ivan Sant'Ana Ernandes faz eco ma minha memória: 

 "Todos vocês já são educadores. 
Mas vocês estão preparados para atuar como educadores?".

Isso quer dizer: vocês estão preparados para compartilhar - com sentido - aquilo que sabem? Porque informar e comunicar, as pessoas já sabem. Mas educar é outra história. Educar envolve o compromisso de construir uma mensagem significativa e transformadora. A educação não é descartável.
No Brasil, comunicar todo mundo sabe, não é mesmo? Afinal, não é incomum eu presenciar situações em que surgem comentários sobre a criação instantânea de uma campanha fabulosa  e matadora de marketing. Depois de alguns dias, encontro na caixa de e-mails o autor do comentário pedindo ajuda para estruturar o conteúdo do serviço que ele mesmo comercializa.

Outra proposta que me enfurece. Esta é exatamente a palavra: enfurece! Instrumentos de marketing que induzem a escolha. Facilita a vida do administrador, não é mesmo? Menos custo e esforço investido, não é mesmo? Até que o consumidor perceba. E aí o orçamento investido em desenvolvimento de arquiteturas de escolha precisa ser quadruplicado em recuperação de reputação, imagem, restituição da confiança e do respeito das PESSOAS.

Marcas de luxo constroem, preservam e compartilham história. A tradição é revitalizada permanentemente. Por isso, jovens se interessam por produtos das centenárias Tiffany & Co., Chanel, Baccarat. Eles sequer têm chance de projetar um estereótipo de anacronismo. As empresas se antecipam, se renovam e conquistam novas gerações. 

Trata-se de consumo somente de produto? Claro que não! PESSOAS buscam no tangível aquilo que é totalmente intangível. Por isso essas empresas tão antigas se sustentam no mercado frente à concorrência. Por meio da marca, a empresa compartilha uma história pautada pela pequisa, desenvolvimento, inovação, gestão do conhecimento, superação de crises, adaptação, ousadia, interface com as PESSOAS.

"Na verdade, tudo o que estamos vendo é apenas superfície. Abaixo, logo ali, no oceano profundo, uma revolução silenciosa já começa a acontecer. Não sabemos ainda se essa e-revolução é uma metamorfose ou uma hecatombe, mas ela já decretou o início de um novo tempo, que é feito por pessoas e para pessoas. Gente como você". (Gil Giardelli, in Você é o que você compartilha).
Se você prefere outro tipo de exemplo, então aí vai. Gilberto Dimenstein, no texto Ensinem jornalismo às crianças, explica o fenômeno chamado Isadora Faber, uma menina de 13 anos que resolveu compartilhar na rede a precariedade de sua escola e conquistou em poucos dias 150 mil seguidores (clique aqui). Denúncia apenas? Tem muita gente interessada em descobrir a fórmula. Para mim, é autenticidade. Seja lá o que for, Dimenstein já avisa: "Ter tudo isso falando de educação, posso assegurar que é um case mundial do uso das redes sociais para melhorar o ensino".

O que Isadora Faber pode ensinar para todos nós? Ela mesma explica: "Quero o melhor, não só para mim mas para todos". Todos nós somos comunicadores e educadores. Mas estamos preparados para atuar? Isadora Faber é uma educadora preparada, uma revolucionária de 13 anos de idade: "todos juntos podemos mudar a educação no Brasil". Para acessar a página do Facebook de Isadora, clique aqui.

2 comentários:

  1. Excelente, que você tenha muitas reuniões e, nos intervalos, tenha condições de passar nas livrarias e, também, de amigos "provocadores". Beijos, Nivaldo.

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    1. Caríssimo,

      todo esse agito, 'a cabeça cheia de problemas' e textos tornaram-se minha marca pessoal... de luxo, é claro! Um luxo raro, tenho que reconhecer. Meio bipolar. Em alguns momentos eu estou pilhada, em outros zerada... Sei lá. É 'a vida como a vida quer'. Beijos!

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