domingo, 30 de setembro de 2012

APLICATIVO PARA A LIBERDADE


Escrever sobre liberdade de expressão e censura é também uma forma de observar estratégias de comunicação institucional e comportamentos sociais. E o Facebook oferece uma perspectiva privilegiada desse jogo complexo que envolve as PESSOAS.

Este ano a Coca-Cola colocou no ar um aplicativo associado a uma campanha de marketing para vender no Brasil seu produto por meio da promoção da interatividade. 

O aplicativo ainda está disponível nas redes sociais (clique aqui). Claro que a estratégia é complexa, baseada em uma logística estruturada com interface entre o mundo virtual e o mundo presencial. E já tinha sido utilizada em outros países do mundo.

Claro que a Coca-Cola previu comportamentos assimétricos quanto simétricos em relação à proposta de sua mensagem. Por isso, além dos nomes de PESSOAS, que era a proposta original da marca, surgiram variações positiva e negativas por parte dos embaixadores quanto dos detratores do produto.

PESSOAS são diferentes e recebem de formas próprias e se comportam livremente diante da mesma mensagem. Houve um tempo em que a propaganda era funcionalista. Os tempos, felizmente, são outros. A expressão é cada vez mais livre. E as instituições precisam respeitar essa condição existencial da sociedade. Trata=se de uma estratégia de credibilidade e sobrevivência do negócio.

PESSOAS subvertem, criam, inovam, mentem, são verdadeiras, incoerentes, bipolares, consumidoras, descobridoras, intérpretes e livres para fazerem as próprias escolhas.

Portanto, um posicionamento institucional maduro antecede e sustenta qualquer decisão de comunicação e é determinante para sua efetividade junto às PESSOAS. As instituições podem se posicionar convergente ou divergentemente à liberdade das pessoas.

Mas, as instituições não podem mais ignorar a liberdade como valor humano. Por isso, talvez as melhores lições de efetividade em marketing estejam mais explícitas na literatura. 

Não sem motivo bibliotecas sempre foram alvos de censura. Não sem motivo, livros foram queimados. Não sem motivo, autores foram perseguidos e torturados. A matéria é suscetível à matéria. Mas a ideia é livre e não se rende à opressão. Jogo de poder atávico. Exercício político em plena manifestação.

Pode demorar, mas a humanidade vai aprender valores como respeito e equidade. Liberdade de expressão, as redes sociais são precursoras, desencadearam e aceleraram um comportamento irreversível em escala global.

A conquista de corações e mentes, mais complexa e sustentável, superou os processo de colonização. Vivemos uma democracia, mas a evolução aponta para uma sociedade onde a diversidade vai, cada vez mais, ganhar expressão, dinamicamente ocupar e desocupar lugares em consciências com 360º de prontidão, porque é assim que a informação transita espontaneamente pelas redes sociais, pelos corações e mentes das PESSOAS.

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