quarta-feira, 5 de setembro de 2012

INFORMAL X FORMAL: TEMOS OPÇÃO?

Para aprender e entender, o homem precisou dividir o todo em partes. O método foi efetivo. Fez surgir as áreas especializadas do conhecimento como a Matemática separada da Física, a Educação separada da Comunicação, a Medicina, a Nutrição,  a Física separada da Astronomia, a Antropologia separada da Sociologia, a Geografia separada da História, a Política separada da Economia, o microcosmo separado do macrocosmo, o público separado do privado, o informal separado do formal, a razão separada da emoção.


Ainda há pouco, um artigo muito breve, chamou minha atenção no Facebook. É assinado por Eloi Zanetti e foi publicado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE). Pelo tamanho reduzido, existe uma objetividade extrema do autor ao afirmar que - mesmo sem o devido reconhecimento - as situações informais são um celeiro de inovação (clique aqui e leia o texto completo).

É nas situações informais que as pessoas são mais espontâneas e, como diria Gil Giardelli (ESPM/FEA-USP), generosas. Vejo isso continuamente, quando acompanho cursos de capacitação técnica. Nos intervalos, acontecem as interações mais descontraídas e surgem ideias, sugestões, críticas, contribuições extremamente relevantes, curiosas, criativas, engraçadas. PESSOAS e ideias são livres. As empresas deveriam aproveitar essa espontaneidade. Custa relativamente barato... relativamente porque envolve mudança de comportamento.


Estes são os momentos em que a minha concentração e o meu monitoramento são redobrados. Ouço mais, interajo sempre que tenho oportunidade, interajo mais. A técnica, para mim, surgiu espontaneamente e está sendo muito útil para aprimorar a minha memória e percepção sobre as PESSOAS e fazer grandes amigos. Mas devo confessar: muitas vezes, queria ter em mãos um gravador ou uma câmera para registrar o conteúdo e a emoção desses momentos em que as ideias surgem. Porque, se olhar bem, elas têm autoria coletiva. 

As relações informais contam outros valores importantes: o elevado nível de confiança e a clara noção de interdependência. Quando as Políticas de Gestão de Pessoas evoluírem e refinarem seus instrumentos para atribuir valor às atitudes que agregam valor aos resultados, talvez todo esse intangível possa ser registrado e reconhecido. 

Sonho, utopia, não importa o quanto pareça distante o mundo livre das mesquinharias e concorrências desleais dos ambientes formais. As redes sociais, como afirma Gil Giardelli, são um indicador importante das relações compartilhadas e do "social good" em fase de amadurecimento que, no porvir, deverá frutificar e materializar resultados compartilhados.

Gestores de pessoas e empresas que resistirem ao movimento vão, necessariamente, ocupar postos na retaguarda no irreversível processo de evolução. É reconhecer ou padecer. Não tem opção. A vida não é separada da vida.

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