quarta-feira, 26 de setembro de 2012

NO BRASIL, PESSOAS ESTÃO MAIS CARAS

Agora não dá mais para deixar de registrar! Há algum tempo, tenho conversado com o professor Ivan Sant'Ana Ernandes (PUC/MG) sobre qualificação técnica. Evidente! Nós somos prestadores de serviços no Programa de Educação ABRAPP. Ele é tutor no módulo de Atuária e eu faço o apoio técnico nesses eventos itinerantes em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Acontece que o mercado ainda não se deu conta

Na semana passada, acompanhando a divulgação de uma pesquisa salarial, mesmo sem ser o foco do trabalho, ouvi reiteradamente uma profissional de Gestão de Pessoas afirmar que, no mercado, não havia estoque de Atuários. No início da semana, falei com o professor Ivan e disse que muito provavelmente logo teríamos estatísticas, mas era uma intuição. Só que naquele estoque estavam faltando outras categorias profissionais. 

Cheguei, num dos meus exageros pessoais, projetar que - caso tivéssemos esse estoque formado - poderíamos exportar, porque os países lusófonos têm também demanda para esse tipo de prestação de serviço.

Ontem mesmo, participando de uma reunião de planejamento estratégico, ouvi uma experiente gestora de eventos lamentar não haver jornalistas especializados em Previdência Complementar. Ela tinha conhecimento de vagas disponíveis, sem candidatos a ocupar os postos de trabalho.

Hoje, assistindo a uma palestra sobre cenários macroeconômicos e tendências, outra vez a questão da mão-de-obra qualificada foi pauta de reflexão. Sem estoque, o Brasil tem que pagar mais que os demais países pelos profissionais que já estão no mercado.

Bom! Tanta convergência certamente não é coincidência. Mas o mercado de Previdência Complementar precisa entender essa demanda, especialmente com a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos, que vai desencadear uma busca por talentos. Alguém duvida?

Fica mais caro formar


Diferente do que alguns gestores andaram praticando, substituindo equipes experientes por jovens recém-formados para diminuir custo com folha de pagamento, parece que o mercado está na contramão desse movimento, inclusive com programas de desenvolvimento de lideranças, para formar profissionais back-up prevendo rotatividade, em razão do aumento de procura.

Previdência Complementar é uma área com interfaces. Qualquer movimento desencadeia efeito em escala tanto de ordem financeira quanto social. Por isso, os riscos operacionais e, consequentemente, de imagem são incalculáveis, mesmo com processos de controles avançados. Não dá para ser ingênuo e fazer um cálculo contábil para subsidiar a decisão. Formar o profissional jovem leva tempo e requer investimentos de diferentes categorias.


Sonhos e planejamento de vida! Previdência Complementar é construção de longo prazo. Mas as PESSOAS que estão no mercado só vão entender essa história a partir de agora.

2 comentários:

  1. Minha cara escriba, boas tardes e este texto vai para o LaM. Abraços, Nivaldo.

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  2. Caríssimo Nivaldo, maravilha! Obrigada por compartilhar.

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