quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A SUA PARTE NUMA BOA HISTÓRIA



Cultura da participação - criatividade e generosidade no mundo conectado é o título da obra do professor Clay Shirky (Editora Zahar) que analisa o comportamento e o uso que as pessoas fazem das redes sociais. Uma reflexão sensível e crítica sobre Comunicação e novas Tecnologias da Informação.
As concepções de Clay Shirky e de Gil Giardelli (ESPM/USP), autor de Você é o que você compartilha (Editora Gente) influenciam sobremaneira o jeito que eu percebo a forma como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação.

Só retórica é indiferença

Acesso aos meios de comunicação de massa significa que - por algum motivo - a contribuição tem potencial para ser relevante. O problema é que nem todo mundo se compromete com essa possibilidade de influenciar positivamente as PESSOAS. Nem todo mundo que tem esse destaque sabe que pode fazer a diferença, como modelo para quem precisa de um mapa mental que facilite seu trânsito pelo mundo, sempre em movimento e transformação. A mensagem, então, é vazia, ruído, retórica, um conjunto de palavras desprovidas de um significado, de um sentido.

Neste caso, não há compromisso, não há solidariedade, não há consciência do modelo em relação ao público. Em outras palavras, o "emissor" é indiferente à percepção, é desconectado do "receptor", para usar a nomenclatura clássica da Teoria da Comunicação, que identifica os principais papéis que as PESSOAS assumem num processo comunicacional. O valor comunicacional que se estabelece é pobre.

Detrator e embaixador

Dois posicionamentos opostos, porém dão sentido e significado à mensagem. O detrator influencia negativamente e o embaixador, positivamente. O perigo dessas duas atuações é a radicalidade, que coloca em risco a credibilidade, a confiança e a própria influência que se pode estabelecer a partir da mensagem.

O detrator quer destruir. O embaixador quer construir. Portanto, os dois sabem o objetivo e o resultado que pretendem alcançar. Sabem também quem é favorecido por meio do posicionamento que o "emissor" assume e o tipo de influência que quer provocar no "receptor" da mensagem. Mais do que consciência, esse processo tem intenção. O risco que os dois papéis assumem é comprometer o processo de comunicação pelo excesso, o que significa reversão da influência sobre o "receptor", quando objetivo inicial era "conversão". 

Equilíbrio e senso crítico

O caminho do equilíbrio é o do meio. Sem extremos. Com objetivo de fazer refletir, mas sem colonizar corações e mentes. A liberdade está na base desse posicionamento. Tudo é imperfeito, mas pode ter qualidade, seriedade, respeito. Produtos e ideias de todas as naturezas, que fazem sucesso durante séculos são assim.

Ou você, cara pálida, tem dúvidas que um produto Ferrari, Tiffany, Louis Vuitton poderiam ser mais baratos, coloridos, populares? Poderiam mais não são. Portanto, são imperfeitos? Não! São reais, para as condições de mercado, nas quais eles existem. Por serem caros, clássicos, elitistas deixam de ser objetos de desejo? Por enquanto, não!

Cultura previdenciária

O 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, maior evento de Previdência Complementar do Brasil começa na próxima semana. O país ocupa o nono lugar no ranking mundial mas, este ano, com a instituição da FUNPRESP - a Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos da União - conquistou um potencial para assumir a frente de países com economias muito avançadas.

A FUNPRESP, além de mais justiça social, também pode significar oportunidades de ampliação do mercado de trabalho em Previdência Complementar.

Há que se reconhecer que, no mundo, Previdência Complementar é um desafio para todas as políticas de Estado. São muitos os motivos e de diferentes naturezas mas, aqui, vou destacar um só: o envelhecimento em escala das PESSOAS. Alguns países com economias em desenvolvimento, como o Brasil, por algum tempo, ainda podem contar com o bônus demográfico. Mas isso não é para sempre. Os cofres públicos não serão suficientes para enfrentar essa demanda. Por isso, as PESSOAS precisam saber a importância da adoção das práticas previdenciárias, que garantam a manutenção de seu poder de consumo, a sustentabilidade de sua vida. Isso é proteção social.

Portanto, este é um momento de reflexão sobre os próprios papéis que cada um desempenha nesta história. É uma oportunidade que profissionais têm de - mais do que construir uma imagem - transformar uma cultura e contribuir com uma nova história, como verdadeiros agentes de transformação social.

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