sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MEU BLOG DETERMINA: ESCREVA-ME!

Se você quer ser blogueiro, prepare-se para escrever! Blog demanda escritura. E não adianta querer dizer que é você quem vai definir a periodicidade de cada publicação. Isso não existe! As estatísticas - que representam os leitores - vão impondo o ritmo. E quando você quebra o hábito daqueles seus leitores fiéis, dá uma dor danada de consciência!

Você viu que ontem o Conversação ultrapassou as seis mil visualizações, não é? Os seguidores continuam os mesmos 15, mas muita gente que eu não conheço andou espiando o que eu escrevo por aqui. Então, fica aquele compromisso tácito, sabe, que não admite indiferença?

Do monólogo ao diálogo

Como leitora, eu sempre me predispus a entender o que os textos me diziam. Às vezes, os textos apenas sinalizam, mas o sentido é você quem atribui ou descobre. Esse jogo decidi fazer, para valorizar meu tempo, evitar a inércia de passar os olhos sobre as palavras sem capturar seus sentidos, turbinar meu neurônio.

Dessa forma, de monólogo - só com a fala do autor - eu passei a estabelecer um diálogo com o texto! O mesmo aconteceu com o blog, só que com os papéis alternados. Eu sou a autora. E o meu leitor, em geral, não dialoga comigo... exceto pelas estatísticas. Mas, como já escrevi antes, o motivo de um post ser mais lido do que outro tem nome: PESSOAS. Não é o que eu escrevo, mas o COMPARTILHAMENTO que muda as estatísticas. Um comportamento sobre o qual eu praticamente não exerço influência. A influência está além de mim.

Escrever esse post me fez lembrar o poema O Lutador, de Carlos Drummond, que - há muitos anos - um querido, Mauro Amâncio, me fez ler. É um texto pungente! Para mim, o trecho matador diz:


"Lutar com palavras parece sem fruto.
Não tem carne e sangue. 
 Entretanto, luto".

Eu nunca sei quem. Mas sei que sempre tem alguém que lê as palavras que eu escrevo. Por isso, meu coração e minha consciência se ressentem quando não consigo obedecer à determinação desse blog que, invariavelmente, propõe e quase impõe: escreve-me!

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