segunda-feira, 1 de outubro de 2012

SEM EDUCAÇÃO, SEM CONEXÃO

Neste último domingo, estava assistindo ao Repórter Eco, programa da TV Cultura que, em 2012, comemora 20 anos (clique aqui). E pensar que, na década de 1980, sustentabilidade era uma palavra que ainda não figurava no dicionário da maioria das PESSOAS do planeta!

Tudo começou com os ecochatos. Lembra? O que me inspira no trabalho deles é a perseverança. Quando a sociedade, incomodada pela militância muitas vezes radical, queria a inércia, os ecochatos vinham com mobilizações de proporções cada vez mais globais. E passaram a ter mais e mais adeptos em todo o mundo. A pegada ecológica só avançou! 

Tem outra lição importante, além da determinação e da mobilização. Os ecochatos também fizeram a gente entender, antes das redes sociais entrarem em cena, que tudo é interdependente. Tudo é conectado. Para cada ação, uma reação. Para cada causa, um efeito. Teoria sistêmica na veia!

Ecologia e Educação Previdenciária

Esse novo mapa comportamental proposto com sucesso pelos ecologistas precisa ser tomado como referência quando se trata de Educação Previdenciária e Financeira.

Por enquanto, a tendência ainda é focar a mensagem na gestão do orçamento doméstico, nas atitudes para uma cultura de planejamento de longo prazo, formação de poupança, escolhas de produtos financeiros. Tudo isso é importante. Entretanto Previdência é muito mais que dinheiro.

Previdência sustentabilidade da vida em escala. É proteção que depende da compreensão prática da interdependência dos conceitos indivíduo e coletivo. Tudo bem! No Brasil, falamos de Educação Previdenciária há praticamente quatro anos e somente agora, com as políticas econômicas dos últimos anos, há uma estabilização que, somada a crédito e melhores salários, incentiva o brasileiro a concretizar projetos de longo prazo e favorecem a poupança, desde que se tenha alguma Educação Financeira para aproveitar essas oportunidades. 

A articulação dos conceitos de indivíduo e coletivo são fundamentais na difusão da Educação Previdenciária. Mas é preciso entender que eles se chocam frontalmente à proposta de competitividade, defendida principalmente pelos empregadores e pelo mercado.  É preciso entender também que a ideia isolada de acúmulo, sem conexão com emancipação,  não desencadeia o sentido de Previdência.


Os conceitos de indivíduo, família, coletividade, sociedade local, sociedade global, sociedade universal são interdependentes. Do átomo ao cosmo!  Hoje, a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar divulgou pelo Facebook que o número estimado das ações jurídicas contra os fundos de pensão é 15% maior em relação a 2010 (clique aqui). Na Holanda é diferente. As PESSOAS entendem os fundos de pensão como uma autoproteção contra os apelos excessivos ao consumo. Os holandeses não têm judicialização.

Aqui, a falta de cultura previdenciária e uma educação deficiente faz com que as PESSOAS ainda não entendam o impacto coletivo do que elas pleiteiam só para si. Não adianta querer que seja diferente... Querer é um pacto com a inércia. É preciso, a exemplo dos ecochatos, fazer muito barulho e muita educação.

A imagem da galáxia é um mapa de tráfego das informações pela internet. Foi publicada por Gil Giardelli que em post do Facebook  também faz toda a explicação do seu funcionamento. Para saber mais, clique aqui.

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