terça-feira, 6 de novembro de 2012

CONFIANÇA: NOME CORPORATIVO PARA A FÉ

No mundo corporativo, algumas palavras ainda sofrem restrições. Puro preconceito, mas que é absolutamente real. é uma delas. Sempre tem que ser substituída por algo "mais adequeado". Confiança foi a palavra escolhida para deixar o mundo corporativo confortável com relação à fé. Mas a verdade é que a substituição não é perfeita. Confiança mantém as coisas circunscritas ao controle humano. Fé coloca as coisas além do controle humano.

No post de ontem eu associei risco e confiança porque - mesmo em comunicação - há riscos totalmente calculados. A Coca-Cola, quando disponibiliza um aplicativo para que o cliente associe nome de pessoas a um de seus produtos sabe que a funcionalidade pode ser direcionada inclusive para críticas à própria marca. Você confia que possíveis perdas sejam administráveis.

Mas existem situações-limite em que está em jogo o desespero de causa. Aí você aposta em uma solução: ganhar. Perder está fora de cogitação, mas é uma possibilidade real. Nesses casos, enquanto o resultado não se revela, você apela para a . Somente a fé faz você suportar o intervalo entre a ignorância e a revelação.

O motivo da angústia? O preço da perda, é óbvio! 

Mas, quando tudo dá certo, e a , além de sustentar, ajudou a superar aquela situação crítica, a sensação é maior do que vitória. A sensação é de felicidade, porque você sabe que aquela conquista fortaleceu e revigorou sua confiança. Ah! Sim! Os processos são interdependentes, ainda que muitos neguem.

Comunicação, definitivamente, exige resistência para overdoses de adrenalina. Noites em claro, feito médico, esperando as ideias conflitarem até a exaustão. Apontarem o caminho que, depois de percorrido, é tão saboroso quanto um sorvete num final de tarde de primavera.

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