terça-feira, 6 de novembro de 2012

ÉTICA NÃO É COSMÉTICA

A máxima "Ética não é cosmética" foi criada por um grande professor brasileiro: Mário Sérgio Cortella (PUC/SP). Ela sintetiza, sem simplificar, a ideia de tudo o que uma palavra de cinco letrinhas pode significar.

No dia 13 de novembro, vou acompanhar o II Seminário A Ética como Valor Fundamental, promovido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP). Para saber mais, clique aqui.

No programa, temas como conflito de interesses, relacionamento institucional, governança e responsabilidade institucional serão analisados e discutidos sob a égide da ética. Ora! Mas o que pode ter em comum com administração financeira de patrimônios previdenciários? Tudo!

Trata-se de colocar em linha e buscar a abordagem equânime para atores com papéis diferentes. Não é tarefa fácil. E o melhor é que as relações se estabeleçam de forma justa, porém sem se utilizar do aparato da Justiça.

De uma perspectiva teórica, é elementar! Mas a vida real é de viés. Pessoas e dinheiro são uma combinação muito vulnerável à fraude, a risco, a conflitos. Se a disputa pela melhor vantagem, pelo melhor quinhão do resultado já é fato em tempos de fartura (juros altos), em tempos de redução de juros ela tende a ser mais severa.

Se o ser humano fosse planta, estaria com essa equação resolvida! O professor e economista Eduardo Gianetti, no livro O valor do amanhã explica isso lindamente, descrevendo o processo de sobrevivência das árvores, em situações de escassez. Para garantir a continuidade de seu "negócio", a árvore faz "escolhas".
"A operação envolve riscos (geada ou tormenta extemporânea), perda de liquidez (os recursos ficam por certo tempo indisponíveis) e custos de transação (operações desfolha e refoliação nas estações apropriadas). Se os juros capitalizados da aplicação feita, obtidos via captura de renda pelas novas folhas, não fossem, em média, altos o suficiente para cobrir os custos e riscos incorridos, a transação não se justificaria - os ares da primavera soprariam suas graças em vão".
Diferente das plantas, o ser humano é uma criatura em processo de evolução moral. Enquanto não transcender suas imperfeições de caráter, sempre precisará de capacitação contínua e instrumentos que lhe aperfeiçoem a conduta para que possa ser justo para si e nas relações que estabelece com toda a sociedade. 

O II Seminário Ética como Valor Fundamental, promovido pela ABRAPP contará com a presença de Leonardo Boff.



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