domingo, 2 de dezembro de 2012

ROMANCE: AS ESCOLHAS, PELA PERSPECTIVA DA NEUROCIÊNCIA

Eu só fiz um intervalo na leitura do livro de Fábio Cipriani. Voltarei ao conteúdo e análise técnica das redes sociais na próxima semana. Para ocupar o tempo, decidi ler um romance. Ah! Mas não se trata de qualquer romance, cara pálida! Eu escolhi um cuja proposta me intrigou desde que soube dele: um romance escrito pelo professor Eduardo Giannetti (foto). 

O professor é PhD pela Universidade de Cambridge e atua pelo Instituto de Ensino e Pesquisa - Insper . Quem esteve presente no 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, teve a oportunidade de assistir sua participação em um dos painéis de encerramento do evento. Quem perdeu, pode ver uma palhinha do que ele apresentou lá, no registro da TV ABRAPP.

Existem outros vídeos disponíveis no Youtube para quem se interessar em explorar outras perspectivas do pensamento do professor Eduardo Giannetti. Mas eu vou escrever hoje sobre o romance A ilusão da alma - biografia de uma ideia fixa, de sua autoria, publicado pela Companhia das Letras. 

Engraçado, porque eu sabia, por uma entrevista concedida ao Jô Soares, que o tema central tratava da relação mente-pensamento. Por isso, quando o último sábado amanheceu cinzento em São Paulo, eu ingenuamente achei que a minha aventura passaria muito distante do tema Previdência Complementar. O subtítulo me avisou, mas eu não quis reconhecer.

A história mostra um professor de Letras submetido a uma cirurgia no cérebro. Por coincidência, eu sou bacharel em Letras (talvez por isso, eu automaticamente tenha me projetado naquele universo ficcional). O desenvolvimento da história do personagem sem nome leva o leitor a enveredar pelas trilhas da Neurociência. A experiência similar à descrição da queda livre de Alice na toca do Coelho Branco. 

Assim, Giannetti coloca o leitor em entrar em contato com algumas interpretações e estudos científicos sobre os processos que subsidiam as escolhas das PESSOAS. Anatomia ou morfologia cerebral estabelecendo relações competitivas e colaborativas e influenciando as decisões. Daí a aparente falta de lógica daquilo que nós - seres pretensamente racionais - fazemos. As reminiscências pré-históricas que lutam para existir em nós (continuidade do negócio jurássico, entende?). Muito louco! O empreendedorismo do cérebro para criar alternativas sustentáveis por uma perspectiva mais holística de atuação.

É genial! Vale cada palavra. Vale o investimento de uma tarde de sábado chuvoso em qualquer lugar do Brasil e do mundo. É um excelente e envolvente programa! E, de quebra,  cara pálida, ainda turbina o neurônio com muitas sinapses sobre o processo que sustenta respostas e escolhas que você tenta influenciar todos os dias! 

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