sábado, 1 de dezembro de 2012

SENHORAS E SENHORES, A FASCINANTE COMUNICAÇÃO!


Sou fascinada por diamantes! Adoro observar como a luz se transforma ao passear por cada ângulo dentro da pedra. O brilho muda de cor, a pedra parece recuperar aquela incandescência de sua origem e tomar proporções novas, a cada variação de movimento a que é exposta. 

Um diamante - como diz a máxima de autor desconhecido - é um pedaço de carvão que se deu bem sob pressão. Eckhart Tolle - que atualmente se apresenta como mestre espiritual - afirma que "a verdadeira iluminação consiste em encontrar a verdadeira natureza por trás do nome e da forma" e que todos os seres - de pedras a homens - passam por esse mesmo processo evolutivo.

Por que estou escrevendo sobre diamantes se o título deste post promete comunicação? Porque existe uma analogia na sensação que tanto a pedra quanto essa competência humana provocam em mim. Emoção! Por isso, ontem, mesmo cansada, registrei o que gostei de ver acontecer no Seminário A Integração dos Órgãos Estatutários na Governança.

Polifonia e polissemia da expressão

A similaridade entre o diamante e a comunicação vai além da emoção, é claro! O filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin que eu reiteradamente referencio aqui, observando e investigando a linguagem como um artista que analisa a vocação da pedra antes de começar a lapidá-la, nomeou de polissemia e polifonia o potencial de múltiplos sentidos e articulações que uma ideia adquire por meio de sua expressão.


Ontem - quando vi aquelas PESSOAS - tratando de governança, fiquei emocionada. São cérebros brilhantes sob muita pressão. A diversidade de expressões é fascinante. Uma experiência muito rica, única, um privilégio transformador, daí o seu valor inestimável, como ensino tão lindamente o professor Jaime Mariz de Faria Júnior.

Salto quântico

Pelo dicionário, a palavra lucidez sugere o controle de si próprio. Mas eu gosto de pensar que ela é também uma derivação da palavra luz, iluminação, transcendência, transparência , transpostas para a dimensão humana.
A luz é o elemento que faz a pedra brilhar. A lucidez é o que torna um pensamento brilhante. Mas a pedra e o pensamento brilham mais depois do processo de lapidação, porque passam a expressar, com maior transparência, a própria essência. Na comunicação existe, em diferentes escalas, a generosidade do compartilhamento que contém a semente, a proposta da evolução. Não é simples, linear, lógico, explícito mas funciona e provoca resultados tangíveis e intangíveis. "Onde quer que exista beleza, essa essência interior brilhará de alguma forma", diz Eckhart Tolle, que também explica sobre a condução energética proporcionada pela palavra e pelo silêncio. A forma pode mudar (volatilidade), mas a beleza é estável, por isso é percebida e reconhecida durante o processo de compartilhamento, de comunicação. Por isso é tão comovente.
A verdadeira salvação é satisfação, paz, vida em toda a sua plenitude. É ser quem somos, sentir dentro de nós o bem que não tem opositores, a alegria do Ser que não depende de nada que esteja fora de nós. Não é sentida como uma experiência passageira, mas como uma presença permanente. (Eckhart Tolle in O poder do agora).

Nenhum comentário:

Postar um comentário