quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PARA FLORESCER SEM SOFRER


"A nova fonte de poder não é o dinheiro nas mãos de poucos mas a informação nas mãos de muitos". John Naisbitt
Comecei este post citando o escritor e conferencista norteamericano John Naisbitt porque hoje quero escrever sobre dimensões da economia da informação sobre as quais nunca tinha parado para pensar com um pouco mais de cuidado.

Ontem assisti, nesta sequência, a três palestras: Romeo Deon Busarello (Tecnisa), Edney Souza (E-commerce School) e Cristiano Ferri Faria (Câmara dos Deputados). Edney e Cristiano vieram diretamente da Campus Party, megaevento de novas tecnologias da informação e comunicação que todos os anos acontece em São Paulo e reúne PESSOAS de todas as tribos de diferentes lugares do planeta.

A primeira palestra foi sobre Marketing, a segunda Métricas e a terceira sobre E-democracia.    Todo o conteúdo mostrou as grandes tendências, ou as tendências mais evidentes do mercado, muito volátil, muito fluido, em permanente transformação. A modernidade líquida, do sociólogo polonês Zygmund Bauman, sobre a qual ouvimos na noite anterior, ganhou novas formas. Nada mais é definitivo, exceto que a democratização da informação é a chave para o futuro.

Sem ilusão

Existem técnicas sofisticadíssimas para - além de compartilhamento de mensagem e ações de engajamento - buscar a conversão que, em uma expressão mais popular, significa fidelização das PESSOAS. A disputa é pela atenção (Retorno sobre Atenção - ROA) e pelo (Retorno sobre Relacionamento - ROR).

Para isso, não existem fórmulas prontas, porque a realidade muda freneticamente. Tudo é empírico. É preciso tentar, acertar ou errar. E aceitar como válidos os dois resultados. É assim que o mercado inova. É preciso também controlar a ansiedade. Resultados precisam de tempo para aparecer. Aqui, está em questão uma das dimensões do conceito da Cauda Longa, desenvolvido pelo físico Chris Anderson

Educação Previdenciária

Todo esse avanço provoca uma certa angústia quando paro para pensar que, oficialmente, Educação Previdenciária começou em 2008 e tem tanta coisa para fazer! Porque a E-democracia passa sim pelo uso das tecnologias, da informação mas, principalmente, pelo posicionamento das PESSOASA e-cidadania é uma demanda real e urgente. Mas existem questões que precisam ser respondidas - não por alguns, mas por toda a sociedade. Há alguns dias fiz um post sobre o livro de Flávio Gikovate e Renato Janine Ribeiro e hoje vou transcrever dois trechos que me chamaram a atenção.
"Foram milhares de anos de escassez, até mesmo de fome, de gente morrendo jovem. Foram milênios em que somente uns poucos tinham uma vida melhor e, mesmo assim, sujeitos à doença e à morte precoce. Em contrapartida, são poucas dezenas de anos desde que houve um aumento na quantidade de alimento disponível e uma melhora na saúde e na qualidade de vida. O que eu acho mais bonito nos tempos presentes é esse avanço, que sempre está em risco, mas que representa uma mudança bastante grande em relação ao passado. Então, muito do que hoje se faz é a experiência nova. Estamos falando dos riscos deste mundo novo, mas sobretudo de suas potencialidades. Acho que apostar na qualidade de vida é uma proposta que precisa crescer, precisa florescer de todas as maneiras. Mas, até aprendermos a lidar com isso, ainda vai passar tempo. O que é bom é que estamos começando a viver com a prosperidade, não mais com a escassez, com a possibilidade de florescer, não mais com a necessidade de sofrer". (Renato Janine Ribeiro in Nossa sorte, nosso norte - para onde vamos?)
Calma, cara pálida! Vamos por partes. O professor Gil Giardelli (ESPM) já deu uma pista importante: como humanos, precisamos desenhar novos mapas mentais, com informações sobre essas 'ilhas' de prosperidade entre as quais transitamos. Sim, porque a prosperidade não é uma experiência de uso generalizada no Planeta, ainda.

Depois, quem trabalha com Comunicação em Previdência Complementar tem outras questões atávicas para refletir. Mais uma vez, Renato Janine Ribeiro foi o autor delas:
"Hoje, o erro na forma como se discute a aposentadoria é que se começa pelas contas de como financiá-la. Deveríamos começar pelo ideal, por um projeto de vida, não pelas contas. Se vamos viver mais tempo, como distribuir esse tempo adicional? O que fazer nele? Vamos falar do lazer, mais adiante, mas o que quero dizer é que, antes de discutir como financiar, é bom saber o que vamos financiar e para quê".  (Renato Janine Ribeiro in Nossa sorte, nosso norte - para onde vamos?)
Existem justificativas de todos os formatos para tudo o que se desconhece sobre Previdência e aposentadoria. Para mim, a mais difícil de enfrentar é: oficialmente a Educação Previdenciária foi instituída somente em 2008. Não faz cinco anos! 

Então, desde 2008, muita coisa já foi feita, e hoje, graças ao empreendedorismo de alguns titãs do Sistema, a Previdência Complementar está, por exemplo, na internet e nas redes sociais. As PESSOAS estão se familiarizando.

Não existe A fórmula. Estamos implantando e lidando com os resultados, criando possibilidades e oportunidades no imaginário e na vida das PESSOAS. Estamos desenhando o mapa e fazendo história.

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